BTG inicia cobertura e recomenda compra de ação que já saltou 274% em 1 ano

A reviravolta bem sucedida da companhia, desde 2012, abriu o caminho para melhores margens e mais sustentáveis.

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – A equipe de análise do BTG Pactual iniciou nesta segunda-feira (4) a cobertura das ações da Vulcabras Azaleia (VULC3). O papel já acumula ganhos de 273,75% neste ano, até o pregão de sexta-feira (1) e os analistas do BTG esperam valorização de 59% ao fim de 2018, com preço-alvo em R$ 14.

Os analistas destacam que a Vulcabras revisou suas operações nos últimos anos, e sua margem ebitda saltou de 0% em 2012 para 16% em 2016, e 22% nos últimos 12 meses. “Apesar de ter grandes incentivos fiscais devido às suas operações no Nordeste brasileiro (49% do nosso valor patrimonial), vemos muito espaço para fechar o fosso de avaliação  em relação aos pares, alavancando sua posição de liderança em calçado esportivo (Olympikus) e a renovação da Azalea (marca de calçado feminino)”, observam.

Segundo o time de análise, a reviravolta bem sucedida da companhia abriu o caminho para melhores margens e mais sustentáveis. Desde 2012, a Vulcabras implementou várias iniciativas para combater a queda na demanda e ajustar uma estrutura industrial previamente inflada.

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A reviravolta envolveu um foco maior na marca Olympikus e a finalização de parcerias com marcas de terceiros, como a Reebok. A empresa ainda reduziu suas instalações de 25 para 3 e diminuiu o número de funcionários de 47 mil para 15 mil, além de ter vendido suas instalações argentinas.

“Depois da errática rentabilidade por um par de anos, a margem ebitda melhorou dramaticamente para 22% em 2016, o que vemos como um nível sustentável”, avaliam os analistas Fábio Monteiro e Luiz Guanais.

A Vulcabras se beneficia de sua posição de liderança em calçado esportivo, com a marca Olympikus, especialmente após a Nike e a Adidas terem cortado investimentos de marketing no Brasil após os Jogos Olímpicos. Além desse ganho em competitividade, a companhia usufrui de incentivos fiscais consideráveis ??(R$ 1,4 bilhão), principalmente relacionados ao imposto especial sobre o consumo de ICMS.

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Para o BTG, o risco de mudanças nos incentivos fiscais é bastante baixo, mas pode afetar a avaliação do banco em relação a companhia.