Bolsa dispara com condenação de Lula; é hora de comprar ações?

Analistas apontam 3 ativos para aproveitar a onda de otimismo do mercado financeiro

Weruska Goeking

Publicidade

 SÃO PAULO – O mercado financeiro recebeu com otimismo a notícia da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo juiz federal Sérgio Moro, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do apartamento tríplex no Guarujá.

 Embora a pena de nove anos e seis meses de prisão tenha animado a maior parte dos investidores, prisões só podem ser consumadas após condenação em segunda instância. Sem isso, Lula ainda poderá concorrer nas eleições de 2018. Neste cenário, o ambiente otimista é um bom momento para a compra de ações ou apenas fogo de palha?

 Segundo Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora, a bolsa ganhou um impulso no qual algumas ações podem ser mais beneficiadas que outras. Para captar as altas evitando se expor a riscos maiores, Figueredo recomenda a compra do fundo de índice BOVA11.

GRATUITO

CNPJ DE FIIS E AÇÕES

Para informar FIIs e ações no IR 2024 é preciso incluir o CNPJ do administrador; baixe a lista completa para facilitar a sua declaração

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

 “O BOVA11 acaba reunindo aglomerando esse movimento da bolsa como um todo. É um dos melhores ativos para ficar carregado até fim do ano e até 2018 devido ao momento difícil pelo qual o país passa”, explica.

 Fernando Góes, também analista da Clear, destaca que o momento positivo para a bolsa nesta quarta-feira (12) deriva não apenas da condenação de Lula, mas também da reação favorável após a aprovação da reforma trabalhista pelo Senado.

 “A notícia veio a calhar com a reforma, que já deixava o ambiente mais otimista. Se o movimento da bolsa estivesse pessimista, esse impulso seria mais de curto prazo. Ainda assim, não é o momento para comprar papéis como Petrobras e Banco do Brasil”, pondera.

Continua depois da publicidade

 Para Góes, as ações da Vale, tanto preferenciais (VALE5) como ordinárias (VALE3), e Gerdau (GGBR4) são boas opções para o momento. “Esses papéis não têm ligação com o governo e vêm performando melhor com a China”, explica.