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SÃO PAULO – O mercado financeiro recebeu com otimismo a notícia da condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo juiz federal Sérgio Moro, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do apartamento tríplex no Guarujá.
Embora a pena de nove anos e seis meses de prisão tenha animado a maior parte dos investidores, prisões só podem ser consumadas após condenação em segunda instância. Sem isso, Lula ainda poderá concorrer nas eleições de 2018. Neste cenário, o ambiente otimista é um bom momento para a compra de ações ou apenas fogo de palha?
Segundo Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora, a bolsa ganhou um impulso no qual algumas ações podem ser mais beneficiadas que outras. Para captar as altas evitando se expor a riscos maiores, Figueredo recomenda a compra do fundo de índice BOVA11.
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“O BOVA11 acaba reunindo aglomerando esse movimento da bolsa como um todo. É um dos melhores ativos para ficar carregado até fim do ano e até 2018 devido ao momento difícil pelo qual o país passa”, explica.
Fernando Góes, também analista da Clear, destaca que o momento positivo para a bolsa nesta quarta-feira (12) deriva não apenas da condenação de Lula, mas também da reação favorável após a aprovação da reforma trabalhista pelo Senado.
“A notícia veio a calhar com a reforma, que já deixava o ambiente mais otimista. Se o movimento da bolsa estivesse pessimista, esse impulso seria mais de curto prazo. Ainda assim, não é o momento para comprar papéis como Petrobras e Banco do Brasil”, pondera.
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Para Góes, as ações da Vale, tanto preferenciais (VALE5) como ordinárias (VALE3), e Gerdau (GGBR4) são boas opções para o momento. “Esses papéis não têm ligação com o governo e vêm performando melhor com a China”, explica.