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SÃO PAULO – A equipe de análise da XP Investimentos manteve nesta semana a mesma carteira recomendada dos últimos cinco pregões. A carteira teve queda de 0,3% na semana passada, enquanto o Ibovespa avançou 1,7%.
Segundo a XP, a performance positiva do Ibovespa foi fortemente influenciada pelos setores financeiro e siderurgia e mineração, o que tornou pobre a performance relativa de papéis como Vivo, AES Tietê, Raia Drogasil e outros.
“O setor financeiro continua sendo nossa preferência, mas mantemos nossa recomendação de ter posições mais defensivas em carteira, como forma de proteção à volatilidade do mercado”, destacam os analistas.
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Essa característica mais defensiva da carteira ações com beta mais baixo e/ou receita resiliente, fluxos de caixa previsíveis e posição de liderança no mercado de atuação.
Veja as sete ações recomendadas pela XP na semana de 3 a 7 de julho:
Empresa | Ticker | Participação na carteira |
Itaú Unibanco | ITUB4 | 22% |
AES Tietê | TIET11 | 8% |
B3 | BVMF3 | 14% |
Telefônica Brasil | VIVT4 | 14% |
Localiza | RENT3 | 15% |
Raia Drogasil | RADL3 | 13% |
Embraer | EMBR3 | 14% |
A XP considera que o Itaú Unibanco tem uma “gestão extremamente competente”, voltada para a eficiência em suas operações e geração de valor para os acionistas. “É inegável que o cenário econômico de curto prazo é desafiador (um dos motivos da nossa preferência por companhias com boa gestão), porém enxergamos uma melhora no ambiente de crédito em 2017 e entendemos que o Itaú tem ótimas condições de se aproveitar desse momento”, afirmam os analistas.
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Aliado a isso, o valuation do banco está em um patamar interessante e continua representando uma das melhores relações risco x retorno, comparativamente aos demais setores da bolsa, de acordo com a XP.
Sobre a B3, os analistas acreditam que a empresa detém e deverá manter no curto, médio e longo prazo uma participação bem consolidada nas plataformas de negociação e pós-negociação de ativos financeiros, evoluindo no processo de integração verticalizada de seus negócios, além de captar importantes sinergias da combinação de negócios com a Cetip.
“Além disso, o alto beta do ativo com relação ao Ibovespa é uma boa forma de se expor ao maior fluxo internacional, em caso de melhora nas expectativas com relação ao novo governo”, afirmam os analistas.
Para a Telefônica Brasil, a expectativa é de que a compra da GVT continue aumentando a receita consolidada, principalmente em clientes com maior retorno projetado. “Em termos de valuation, o ativo negocia a um múltiplo acima do nível histórico, mas com um nível de dividend yield estimado bastante atrativo para 2017 e 2018”, afirma a XP.
A escolha da Localiza ocorre diante da perspectiva de queda da Selic, que é um fator importante para o lucro da empresa devido ao perfil de sua dívida e seu nível de alavancagem. Além disso, é uma empresa com histórico longo e capacidade comprovada de execução e geração de caixa, o que torna o investimento mais resiliente.
Com receitas bem diversificadas, a ação da Embraer detém correlação de desempenho com a economia mundial. “Com a posição no ativo, também buscamos uma maior exposição ao dólar na carteira”, explica a XP.
Os analistas consideram a AES Tietê uma das maiores companhias privadas de geração de energia do País. Em termos de perfil do negócio, avaliam que a empresa apresenta forte geração de caixa, além de satisfatória previsibilidade nos resultados. “Duas de suas principais características são o alto retorno sobre o capital (ROIC esperado para 2017 superior a 20%) e farta distribuição de dividendos”, afirmam os analistas. A empresa apresenta patamar de alavancagem bastante reduzido, sustentando a expectativa de manutenção do elevado patamar de distribuição dos resultados aos acionistas.
A XP destaca a participação de mercado da Raia Drogasil de 12,6% no Brasil e de 25% em São Paulo.