Bradesco BBI corta preço-alvo de ação por desvalorização de produto

Os preços do açúcar já caíram 35% nos últimos 12 meses devido ao menor consumo na Índia, taxas mais elevadas sobre as importações da China e preços mais baixos do petróleo

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – A equipe de análise do Bradesco BBI cortou o preço-alvo das ações da São Martinho (SMTO3) de R$ 25 para R$ 20 devido aos valores menores do açúcar e etanol. O valor é 26% superior em relação ao fechamento de segunda-feira (26).

A recomendação para os ativos foi mantida em outperform (acima da média do mercado, o equivalente a compra) devido aos resultados sólidos apresentados no último trimestre.

 “A empresa conseguiu alocar volumes (basicamente esgotando os estoques) e obteve bons preços de açúcar (alta de 29% no ano) no trimestre. A São Martinho também começou a consolidar sua usina Boa Vista desde março, que estimamos ter adicionado 10% ao seu ebitda durante o trimestre”, afirma o Bradesco BBI.

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 Com a divulgação de guidance de 22,3 milhões de toneladas para a colheita 2017/2018, a São Martinho mostra que sua produção é mais concentrada no etanol. No entanto, os preços do açúcar já caíram 35% nos últimos 12 meses devido ao menor consumo na Índia, taxas mais elevadas sobre as importações de açúcar impostas pela China e preços mais baixos do petróleo.

 “Embora a São Martinho esteja otimista quanto ao cenário de oferta e demanda de açúcar no médio e longo prazo, o [petróleo do tipo] brent não está ajudando. O preço do barril está 20% menor em 12 meses”, explica o Bradesco BBI.

 Com preços mais baixos para o açúcar e o etanol, o Bradesco prevê queda de 10% no ebitda de 2017/18 e de 20% em 2018/19.