Santander corta recomendação de varejista, mas eleva preço-alvo; entenda

Embora o Santander tenha avaliado positivamente o resultado da companhia no primeiro trimestre, a expectativa é de que não há mais espaço para avanços como era observado antes

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – A equipe de análise do Santander cortou a recomendação da Arezzo (ARZZ3) de compra para neutra e elevou o preço-alvo para os papéis no fim de 2017 de R$ 34 para R$ 37, valor 4,2% acima do fechamento de quinta-feira (11).

 Embora o Santander tenha avaliado positivamente o resultado da companhia no primeiro trimestre, a expectativa é de que não há mais espaço para avanços como era observado antes e, por isso, já não se justifica a recomendação de compra. A ação acumula alta de 44,2% neste ano.

 A Arezzo reportou receita líquida de R$ 297,2 milhões, aumento de 15,4% em relação ao primeiro trimestre de 2016 e o lucro líquido foi de R$ 22,2 milhões, saltando 51,1% na comparação anual e margem de 7,5%, com expansão de 1,80 ponto percentual.

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 “Continuamos acreditando que a Arezzo é um varejista de alta qualidade no Brasil, mas os múltiplos atuais de negociação (P/E de 21x em 2018) são muito exigentes, em nossa opinião”, avalia João Mamede, analista do banco.

 Após a companhia apresentar um crescimento lento das receitas, os dois últimos trimestres consecutivos a Arezzo melhorou seu lucro e o Santander espera que essa dinâmica positiva prossiga ao longo de 2017.

 Do outro lado, as operações da Arezzo nos Estados Unidos ainda representam o maior desafio para a empresa, segundo o banco. A companhia tem implementado mudanças no gerenciamento das operações locais e, com a chegada de um novo diretor no país, a Arezzo espera acelerar o processo de maturação de suas operações internacionais.

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 Além disso, uma nova loja está programada para ser inaugurada em breve nos Estados Unidos. A expectativa da companhia é atingir o ponto de equilíbrio nos próximos anos, apesar da apreciação do real sobre o dólar nos últimos 12 meses.