Deutsche Bank recomenda compra de ações de banco

Estatal deve aumentar seus lucros mais rapidamente do que seus concorrentes

Weruska Goeking

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 SÃO PAULO – O Deutsche Bank reiterou a recomendação de compra das ações do Banco do Brasil (BBAS3) diante da percepção de que a estatal deve aumentar seus lucros mais rapidamente do que seus concorrentes. O preço-alvo fixado para os papéis em 12 meses é de R$ 39, valor 19% acima do fechamento de terça-feira (11).

 A percepção positiva sobre o Banco do Brasil, e o reforço da recomendação de compra da ação, ocorreu após a equipe de análise do banco alemão acompanhar um roadshow da estatal junto do gerente-geral de relações com investidores, Bernardo Rothe.

 Durante o roadshow, o banco reconheceu que sua estratégia para ampliar a lucratividade implantada desde meados de 2013 levou algum tempo para dar resultados, mas foi bem sucedida. Tanto que o analista do Deutsche Bank, Tito Labarta, avalia que os investidores não estão mais preocupados com o aumento de capital.

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 O analista avalia que o banco está bem posicionado e deve manter sua margem de intermediação financeira “resiliente”, apesar da queda na taxa básica de juros, melhorando a qualidade dos ativos e atento ao controle de custos.

 A baixa competitividade dos outros bancos em relação às taxas do banco do Brasil deve manter os spreads elevados neste ano, segundo o analista. Neste caso, os cortes na Selic devem ser favoráveis aos custos de financiamento.

 Além disso, o banco tem mais espaço em sua carteira de crédito, uma vez que 52% dela são de empréstimos iniciados antes de 2015, quando o juro estava abaixo de 12%. Por fim, o Deutsche Bank também avalia que o crescimento das despesas do banco deve permanecer abaixo da inflação.

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 A expectativa do analista é de crescimento de 23% nos lucros em 2017, de 18% no próximo ano e acréscimo de 20% em 2019. Os principais riscos de queda da ação incluem o governo, queda no capital e na rentabilidade, e riscos com a qualidade dos ativos.