Citi pega estrada com administração de banco e recomenda compra de ação

Empréstimos devem ganhar força em 2018 e beneficiar Banco do Brasil

Weruska Goeking

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 SÃO PAULO – A equipe de análise da Citi Corretora passou três dias com executivos do Banco do Brasil na semana passada visitando investidores nos Estados Unidos e voltou com uma boa impressão sobre o desempenho futuro do banco e recomenda compra da ação (BBAS3).

 “Apesar do baixo crescimento da carteira de crédito para 2017 (1%-4%), a administração acredita numa performance positiva para uma parte do portfólio, como pessoa física e empréstimos rurais, particularmente no segundo semestre de 2017. O banco também reforçou seu compromisso com o crescimento em pequenas e médias empresas para o médio e longo prazos”, afirmaram os analistas da corretora após a viagem com Bernardo Rothe, gerente de relações com investidores, e Rodrigo Afonso, gerente-executivo.

 Em conversas durante a viagem, os executivos reconheceram que a inadimplência segue em deterioração e pode crescer no primeiro trimestre devido a casos específicos que atingiriam o nível de 90 dias. Entretanto, estes empréstimos não devem demandar provisões adicionais e o banco continua confiante com seu guidance para provisões e espera melhora sequencial das provisões do primeiro para o último trimestre de 2017.

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 Apesar da forte reação do mercado ao guidance conservador para o crescimento de despesas operacionais (1,5%-4,5%), a administração do banco explicou que seu programa de reestruturação resultou em alguns itens não recorrentes que ainda estão sob definição se serão contabilizados ou não como despesas recorrentes. 

 Diante deste cenário, a Citi manteve a ação do Banco do Brasil como sua “top pick” e vê possibilidade de aumento dos lucros, particularmente em 2018, quando o crescimento dos empréstimos deve aparecer. O preço-alvo estimado para as ações do banco (BBAS3) é de R$ 39 em 12 meses, patamar 15,5% acima do fechamento de sexta-feira (31).