UBS mantém recomendação neutra para ações da Cemig, que podem subir 27,3%

Empresa perdeu liminar no STF nesta semana e espera outras duas decisões

Weruska Goeking

Publicidade

SÃO PAULO – A equipe de análise do banco UBS manteve sua recomendação neutra para as ações da Cemig (CMIG4) mesmo após a companhia sofrer uma derrota no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta semana. O preço-alvo das ações está em R$ 13, valor 27,3% acima do fechamento de 24 de março. 

A Cemig perdeu nesta semana a liminar que mantinha a concessão da hidrelétrica de Jaguara (MG) em seu poder. O efeito pode ser dominó em outras liminares e o UBS calcula que a empresa perca R$ 1,1 do preço-alvo de sua ação.

 A revogação da liminar pelo ministro Dias Toffoli pode afetar outras duas ações que a Cemig tem no STJ, que permite que a empresa opere as usinas hidrelétricas de Miranda e São Simão em regime de concessão.

Aula Gratuita

Os Princípios da Riqueza

Thiago Godoy, o Papai Financeiro, desvenda os segredos dos maiores investidores do mundo nesta aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

 “As chances de manter as outras duas liminares agora parecem muito menores, um vez que os outros juízes podem seguir a decisão [de Toffoli]”, afirma Marcelo SA, analista do UBS.

 “Calculamos que essas três hidrelétricas poderiam gerar R$ 2 bilhões em ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] em 2017, assumindo que a empresa operasse com as liminares durante o ano inteiro”, estima o analista.

 Caso a Cemig perca as três liminares até o fim de março, o ebtida estimado para este ano deve encolher 32%, para R$ 3,6 bilhões, e o impacto no valor justo da ação seria de R$ 1,1 por papel.

Continua depois da publicidade

 A dívida/ebtida da empresa também deve demorar a recuar, caso perca todas as liminares. O UBS calcula que a alavancagem da Cemig cairia de 4,5x no terceiro trimestre para 2,2x em 2017 e 2,5x em 2018 com as concessões das três hidrelétricas. Se perder as três liminares até o fim de março, a alavancagem deve recuar para 3,5x neste ano e 2,7x em 2018, mostrando um ritmo bem mais lento do que no cenário otimista.