“Gerentes de bancos são mal preparados e estão conflitados”, diz Empiricus

Felipe Miranda, autor da tese do “Fim do Brasil”, diz que as corretoras são mais vantajosas que os bancos para os investidores porque oferecem plataformas com produtos de diferentes instituições e menores taxas

Equipe InfoMoney

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(SÃO PAULO) – Felipe Miranda, o sócio da Empiricus que criou a tese do “Fim do Brasil”, acredita que os gerentes dos bancos são “mal preparados e estão conflitados” e que o investidor tem muito a ganhar se optar por investir por meio das corretoras. “Os gerentes de banco são mal preparados e estão conflitados. Dia desses olhei a carteira de investimentos de meu psicólogo, que investe pelo Itaú. Vi que 25% do dinheiro estava em cotas de um fundo imobiliário da Kinea, que é uma empresa do Itaú. Não fazia sentido nenhum. O cliente bancário tem menos informação que o gerente e confia nele. Só que o interesse do gerente está voltado a si mesmo e ao interesse do banco. (…) Já as corretoras também têm seus conflitos porque a elas interessa que o investidor gire mais a carteira, mas elas são melhores que os bancos porque possuem uma plataforma com produtos de diversas instituições financeiras e taxas menores”, afirma.

Miranda acaba de criar uma nova campanha, batizada de “Contragolpe”. Ele explica que “O Contragolpe” é uma brincadeira com a bandeira do golpe, levantada pelos defensores da presidente afastada Dilma Rousseff. Segundo o analista, “O Contragolpe” espelha o atual momento de reconstrução do Brasil, após a substituição da chamada “Nova Matriz Econômica”, da Era Dilma, por políticas bem mais responsáveis.

Ele acredita que o Brasil está melhor do que o consenso do mercado. “Dizer que de 0 a 10 tenho um otimismo nota 10 com o Brasil seria irresponsabilidade. Mas a gente vê uma assimetria interessante. É difícil ficar pior porque recessão igual à dos últimos dois anos nunca foi vista na história brasileira. E estatisticamente é comum que períodos de recessão tão forte sejam seguidos por ciclos de crescimento de 3%.”

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Miranda embasa sua tese de que o Brasil está em reconstrução com 10 pontos:

1 – Esqueça o que você tem ouvido porque a inflação já começou a cair e continuará em queda;

2 – A política industrial de Dilma foi uma tragédia, mas a confiança dos empresários agora começou a melhorar;

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3 – O padrão de consumo do brasileiro pode voltar a melhorar;

4 – Devemos ter uma forte recuperação do PIB em 2017;

5 – Pela primeira vez em décadas vamos priorizar o que realmente interessa: os investimentos;

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6 – Temos, possivelmente, a melhor equipe econômica em décadas;

7 – O afastamento definitivo de Dilma é muito positivo ao Brasil;

8 – Nenhuma moeda do mundo valorizou-se mais que o real em 2016;

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9 – Todos esses trilhões de dólares que estão sendo injetados nos mercados mundiais pelos bancos centrais precisam ir para algum lugar – e esse lugar pode ser o Brasil;

10 – O governo Temer já obteve muitas vitórias.

Como a visão do mercado sobre o momento da economia ainda é muito pessimista, a Empiricus acredita que, à medida que as coisas comecem a dar certo, haverá uma forte valorização nos preços dos ativos brasileiros. Por isso, após um longo período de perdas e uma ruptura estrutural (o impeachment), agora seria o momento ideal para comprar ações.

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Para assistir o vídeo do “Contragolpe”, clique aqui.