Aumento de preços “é só um paliativo”; indicação de analista é ficar fora da Petrobras

Para analista, decisão foi importante, mas não chega nem perto de resolver o problema da companhia

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – A Petrobras (PETR3, PETR4) abriu o pregão desta quarta-feira (30) com alta de quase 10% por causa do anúncio do reajuste nos preços da gasolina e do diesel em 6% e 4%, respectivamente. Apesar de a notícia ter agradado o mercado, a recomendação do analista da consultoria de investimento WhatsCall Flávio Conde é ficar de fora do papel.

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“A decisão foi muito positiva, mas foi apenas um paliativo. Importante, mas um paliativo”, relata. Para o especialista, o melhor que o investidor faz é ficar de fora do papel, pois o mercado ainda ficará turbulento. “O principal problema da empresa é o risco Brasil, que não foi resolvido ainda”, atesta Conde.

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O analista ainda afirma que a situação da empresa está bastante complicada. “A dívida da empresa subiu forte com a alta do dólar, aumentando quase R$ 100 bilhões em três meses. A decisão de aumentar os preços só resolveu 10% desse problema”, crava.

Mesmo assim, o especialista elogia a decisão da empresa. “Esperávamos que isso fosse acontecer só em dois meses, então essa decisão ter vindo mais cedo mostra que o governo está preocupado com a companhia, que ele está olhando para ela”, relata.

O especialista calcula que o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês) da empresa será beneficiado em R$ 9 bilhões para a empresa nos próximos doze meses. A projeção, assim, vai de R$ 80 bilhões para R$ 89 bilhões.

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