“A hora de investir é agora”, diz presidente da Franklin Templeton sobre bolsa

Presidente de gestora afirma que momentos de pessimismo são os melhores para entrarem na bolsa

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Pesquisa realizada pela Franklin Templeton no início de 2015 mostra que os investidores brasileiros estão tão pessimistas quanto os gregos. 29% dos entrevistados pela pesquisa da instituição financeira se mostram pessimistas em atingir seus objetivos financeiros e, de acordo com o presidente da companhia no Brasil Marcus Vinícius Gonçalves, esse pode ser “um momento muito bom para entrar na bolsa”.

“O pessimismo faz com que os ativos sejam depreciados. Se você olha o percentual de investidores pessoa física na bolsa hoje, ele está na mínima histórica e isso não faz sentido. A bolsa parece barata e esse é o momento de comprar e não de vender”, relata o líder da gestora.

A filosofia da Franklin Templeton e de seu presidente é a de ir contra o fluxo de investidores. “Gostamos de estar na outra ponta, que não é consenso. Óbvio que não dá para avaliar essa escolha no curto prazo, mas se pensarmos em dois, cinco ou dez anos, o momento de entrada na bolsa agora é muito bom”, diz Marcus Gonçalves.

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Marcus afirma ainda que os investidores sabem que a bolsa é uma boa opção de investimento para ter boa rentabilidade no longo prazo, mas eles têm medo de entrar nela. “Não adianta não fazer a alocação (na bolsa) e esperar que os investimentos rendam. A hora de entrar é agora”, atesta.

50% dos investidores brasileiros da pesquisa apontaram a inflação como um dos motivos que mais geram preocupação nesse momento. O segundo motivo, com 45% das menções, é a política fiscal do governo e o terceiro é o cenário atual da economia, com 39% de citações. Para o presidente da gestora, isso mostra que o pessimismo do investidor brasileiro tem muita relação com o atual cenário macroeconômico mais complicado.

O clima de pessimismo acompanha a intenção de investir em aplicações mais conservadoras em 2015. 70% dos entrevistados apontaram que devem ficar mais conservadores nesse ano. Além disso, investimentos no exterior não fazem parte da carteira de 56% dos entrevistados – que são pessoas com investimentos de, no mínimo, R$ 50 mil.

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Os investidores apontaram na pesquisa ainda que os maiores motivos pelos quais não diversificam seus investimentos são as dificuldades relativas a impostos, falta de conhecimento do mercado global e volatilidade das taxas de câmbio. No entanto, com a nova instrução da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), esses problemas devem ser mitigados. “As altas taxas de juros no Brasil não são um fator que impedem a diversificação global de investimentos”, conclui o presidente da Franklin Templeton.