Mesmo em momento ruim, BTG segue recomendando ação do setor de carnes

Analistas, no entanto, cortaram preço-alvo de papel

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – O BTG Pactual divulgou relatório hoje (27) em que comenta o setor de carne bovina no Brasil. A equipe de análise da instituição financeira optou por manter recomendação de compra para o papel da Minerva (BEEF3), mesmo a companhia enfrentando um momento pior. O real mais fraco frente ao dólar e os preços mais baixos de carne bovina fazem com que a empresa sofra no curto prazo, de acordo com o BTG Pactual.

Os analistas estimam uma recuperação nos preços no segundo semestre desse ano e em 2016, o que suporta a visão positiva deles na empresa. Além disso, a abertura do mercado estadunidense também pode ajudar a companhia. Mesmo assim, o BTG optou por cortar o preço-alvo do papel para R$ 11,00 por ação – o que totaliza um potencial de valorização de 43,04% em relação ao fechamento do dia 24 de abril.

A queda no preço do petróleo também ajuda a explicar o mau momento da exportação de carne bovina no Brasil. De acordo com a equipe de análise, perspectivas de economias de nações exportadoras de petróleo ficaram piores e isso afeta diretamente as exportadoras brasileiras de carne uma vez que 60% dessas vendas internacionais vão para Rússia, Venezuela e Oriente Médio, grandes exportadores da commodity.

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O BTG Pactual destaca que, nos últimos anos, viu melhoras nas processadoras de carnes, especialmente graças a um ciclo positivo de gato que acelerou o abate de vacas e garantiu melhores margens para essas empresas. No entanto, no curto prazo, o momento é de retração.

Mesmo assim, a Minerva ainda tem espaço para crescer por conta de várias aquisições que realizou e seu ROIC (retorno sobre capital investido, na sigla em inglês) está na casa de 22%, fazendo assim com que a empresa pareça mais apta a diminuir sua alavancagem com uma melhor geração de fluxo de caixa livre ao longo do tempo.