Por que não ter Petrobras? Corretora responde a investidores

Após divulgação de resultados, corretora recomenda que o investidor fique longe da petrolífera

Leonardo Pires Uller

Publicidade

SÃO PAULO – A corretora XP Investimentos divulgou relatório em que destaca os motivos pelos quais o investidor não deve ter papéis da Petrobras (PETR3, PETR4) em carteira. Um dos pontos criticados pela instituição é o balanço da empresa: “As perdas com corrupção somaram R$ 6,2 Bi, porém a desvalorização dos ativos (impairment) atingiu números estratosféricos de R$ 44,6 Bi. O que gerou o impacto negativo no resultado da companhia de R$ 21,5 Bi de prejuízo em 2014, gerando o primeiro resultado negativo anual desde 1991”, escreve a XP.

Você já conhece o Ganhe Mais? Acesse e descubra se você está investindo bem o seu dinheiro.

Outro ponto destacado pelos analistas é o endividamento crescente da empresa, que atingiu R$ 351 bilhões no quarto trimestre de 2014, alta de 31% em relação ao mesmo período de 2013. Além disso, a corretora ainda assinala que 72% desse endividamento está atrelado ao dólar.

Aula Gratuita

Os Princípios da Riqueza

Thiago Godoy, o Papai Financeiro, desvenda os segredos dos maiores investidores do mundo nesta aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

A XP também ressalta o programa de desinvestimentos da empresa, com corte de 27%, indo para US$ 25 bilhões em 2016. “Mesmo assim, o número ainda é muito elevado para uma companhia que possui uma dívida líquida de R$ 282 Bi”, pondera a equipe de análise da instituição financeira.

O não pagamento de dividendos da empresa também foi outro ponto comentado no relatório da XP Investimentos. “Segundo ele (Aldemir Bendine, presidente da Petrobras), espera-se que, em maio, a empresa comece a receber parte do que foi desviado com corrupção. Bendine disse ter entrado em acordo com a Justiça para que o dinheiro resgatado retorne ao caixa da empresa”, escreve a corretora.

Para 2016, a expectativa dos analistas é que a empesa venda de US$ 10 bilhões em ativos, incluindo sua participação na Braskem, na BR Distribuidora e refinarias. “Com o cenário atual de preços do petróleo em queda e investidores sabendo que a companhia precisa de caixa, provavelmente, os ativos serão vendidos por preços inferiores ao valores pretendidos pela companhia”, afirma a XP em tom pessimista.