5 ações recomendadas que são uma verdadeira pechincha na bolsa

Papéis estão com múltiplos baixos e são recomendados por analistas

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Um dos melhores métodos para buscar boas ações é olhar seus múltiplos. Assim é possível entender se um papel está barato, ou caro em relação ao que ele teoricamente deveria valer. Dentre os múltiplos, um dos mais observados é o P/VP (preço sobre valor patrimonial): quando ele está abaixo de 1, significa que o preço da ação é menor que o valor patrimonial da companhia em questão. Assim, o InfoMoney conversou com analistas que listaram cinco ações com P/VP abaixo de 1 que podem ser uma boa compra agora.

1 – Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco foi o primeiro a operar no Brasil, ainda no início do século XIX, na época da chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro.  A empresa tem mais de 109 mil funcionários, com 57 mil caixas eletrônicos e 18 mil pontos de atendimento espalhados pelo país e presença em diversas outras nações.

O P/VP da instituição financeira se encontra em 0,97. Para o analista Flávio Conde, a empresa está mais descontada em relação a seus pares por ser controlada pelo governo federal e também porque está mais exposta à Petrobras, envolvida em escândalos de corrupção nesse momento. No entanto, o desconto, para o especialista, é exagerado, “entre Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil, prefiro o terceiro, afinal ele deve se valorizar mais e ter um desempenho melhor”, assinala.

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2 –BR Malls (BRML3)
A BR Malls é a maior empresa integrada de shoppings centers da América Latina, com participação em 48 centros de compra, com um total de Área Bruta Locável (ABL) de 1.691 mil metros quadrados. A companhia ainda está presente em todas as cinco regiões do Brasil, atingindo um público de classes sociais variado. O P/VP do papel se encontra em 0,94.

Para Luis Gustavo Pereira, analista-chefe da Guide Investimentos, a empresa deve se beneficiar com o recente recuo e estabilização do preço do dólar frente ao real, por conta de seu endividamento. Além disso, a companhia tem um portfólio que é mais diversificado por renda do que seus concorrentes no setor, aponta Pereira. Por fim, a expectativa de queda nos juros no próximo semestre também beneficia o setor e, por consequência, a BR Malls que está mais descontada em relação a seus pares.

3 – Usiminas (USIM5)
A Usiminas, que iniciou suas operações em 1962 no interior do estado de Minas Gerais, atua no setor siderúrgico, com produção de aço bruto na casa de 6,1 milhão de toneladas e vendas para o mercado externo de 900 mil toneladas, além de também trabalhar com mineração. Seu P/VP está em 0,37.

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Sobre a companhia, Flávio Conde destaca que seus resultados devem atingir patamar mínimo no primeiro semestre desse ano e, a partir daí, se recuperar junto com a economia brasileira. “O dólar a R$ 3,00 está fazendo com que a receita da companhia cresça e os analistas perceberão que o papel vale pelo menos 50% a mais do que o valor que está sendo negociado agora”, afirma.

4 – Randon (RAPT4)
A Randon começou como uma pequena oficina mecânica voltada à reforma de motores industriais em 1949, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Atualmente, a empresa  atua em setores como o de equipamentos para transporte de carga terrestre, veículos rebocados, vagões ferroviários, autopeças, entre outros. O papel é negociado a um P/VP de 0,81.

Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos, afirma que a confiança na empresa está muito deteriorada, mas tende a se recuperar com a recuperação da atividade no Brasil. “Qualquer cenário de melhora da atividade e um mercado de crédito mais expansionista fazem com que seja um ativo muito atrativo para os investidores”, analisa o especialista.

5 – Saraiva (SLED4)
A Saraiva é uma companhia com mais de cem anos de existência que distribui conteúdo, tecnologia e serviços por meio de seus negócios editoriais e de varejo. A empresa conta com cerca de seis mil funcionários e 115 lojas em 18 estados do Brasil, além de ser uma das principais vendedoras de livros didáticos do mercado editorial.

O analista Flávio Conde aponta que a empresa passou por mudanças de diretoria que deixaram o mercado desanimado, mas que, no entanto, ela já sofreu bastante e quem tiver paciência e comprar pode ter um retorno próximo a 100% em dois anos. O P/VP do papel é o mais baixo entre os recomendados: 0,32.