4 ações para comprar e esquecer na carteira até a aposentadoria

Analista indica papéis de grandes companhias que podem trazer diversificação e segurança a uma carteira de longo prazo

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Investir em ações pode ser uma boa alternativa para quem quer se aposentar com um bom patrimônio. Isso porque, quando bem selecionadas, as ações tendem a ter um bom desempenho no longo prazo e costumam bater as aplicações de renda fixa. Para que isso aconteça, é importante escolher companhias sólidas, com boas perspectivas de crescimento e distribuição de dividendos.  O InfoMoney conversou com o analista da Compliance Comunicação, Clodoir Vieira, que listou quatro papéis para comprar e deixar na carteira até o dia de largar o batente.

1 – Itaúsa (ITSA4)
A Itaúsa é uma holding que controla o Itaú Unibanco, maior banco do Brasil. Além disso, o grupo ainda detém empresas de outros setores, como a Itautec, de tecnologia, a Duratex e a Elekeiroz, de indústrias químicas. Contudo, a maior representatividade do patrimônio da Itaúsa acaba ficando com o Itaú Unibanco.

Clodoir afirma que o banco vem buscando uma qualidade de crédito melhor e tem focado também na eficiência operacional. Já na área industrial da holding, por mais que o período atual seja mais desafiador, o planejador ressalta que as três companhias controladas pela Itaúsa apresentam bons fundamentos financeiros e perfis de dívidas baixo e adequado.

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“O destaque é a Duratex, atuante no campo de construção civil (Divisão Deca e Divisão Madeira). O plano estratégico da empresa contempla a diversificação do portfólio, privilégio à rentabilidade versus maior participação do mercado, controle de custos e investimentos na expansão da capacidade”, aponta o especialista.

2 – Cielo (CIEL3)
A Cielo atua na prestação de serviços de credenciamento de estabelecimentos comerciais e estabelecimentos que prestam serviços para a aceitação de cartões de débito e crédito, assim como outras formas de pagamento ou meios eletrônicos necessários para a aprovação e registro de transações não financeiras.

“Apesar do cenário conjuntural ter continuado desafiador (em 2015) e também a concorrência mais acirrada, a Cielo vem registrando um bom desempenho e acima das expectativas gerais”, relata Clodoir Vieira.

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“A tendência é de que a moeda de plástico seja cada vez mais usada e a Cielo tem feito a lição de casa para competir com a concorrência”, aponta. Clodoir destaca ainda como fatores positivos a adequada estrutura de capitais da empresa e sua condição de boa pagadora de dividendos.

3 – BRF (BRFS3)
A BRF foi fundada em 2009, fruto da fusão da Perdigão com a Sadia, duas gigantes do setor alimentício, fazendo com que a BRF se tornasse uma das maiores empresas do mundo em sua área de atuação. A empresa conta com mais de cem mil funcionários em suas 47 fábricas no Brasil e 11 unidades industriais em operação no exterior.

Clodoir relata que a BRF deve enfrentar um cenário conjuntural desafiador nos próximos tempos, com concorrência forte, aperto fiscal, entre outros fatores. No entanto, a empresa tem como principais focos estratégicos a redução de custos, a captação de sinergias e o aumento da atuação global.

“O fato de ter concluído em dezembro de 2013 a incorporação da Sadia também é relevante, visto que isso viabilizou a aceleração de diversas medidas visando maior racionalidade das operações, principalmente a redução de despesas com distribuição, diminuição de gastos administrativos e a melhor gestão dos estoques. Com todas essas medidas o investidor de longo prazo tem uma certa tranquilidade”, afirma Clodoir.

4 – Pão de Açúcar (PCAR4)
O Pão de Açúcar é a maior varejista do Brasil e conta com mais de 2 mil lojas e 150 mil funcionários por todo o Brasil. O grupo conta com marcas importantes como a rede de supermercados Extra, a varejista Casas Bahia e marcas exclusivas, como a linha de produtos saudáveis Taeq.

O cenário mais adverso em 2015 também causará interferência no Pão de Açúcar, mas Clodoir acredita que a companhia pode ser uma das que poderão amenizar os impactos desse panorama mais hostil. O especialista destaca que a empresa concluiu diversas medidas que possibilitaram o aumento da eficiência das operações das lojas.

“Cada vez mais a companha deve aproveitar para fazer vendas pelos canais virtuais pelas marcas Globex e casas Bahia. Ainda em relação a este canal consideramos que foi acertada a decisão de combinar os negócios de e-commerce do Pão de Açúcar com as atividades do Casino neste segmento”, assinala o especialista.