BESI recomenda compra para duas construtoras; upside chega a 40%

Além disso, dois papéis do setor receberam recomendação neutra e dois de venda

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – A equipe de research do BESI, antigo Banco Espirito Santo, divulgou relatório em que comenta seis construtoras que têm capital aberto na bolsa brasileira. Duas delas, a Cyrela (CYRE3) e a MRV (MRVE3) receberam recomendação de compra pelos analistas. O preço-alvo para a ação da primeira é de R$ 14,00, o que totaliza um potencial de valorização de 27,04% em relação ao fechamento do dia 29 de janeiro de 2015. Já para a MRV, o preço-alvo calculado é de R$ 10,00 por ação, upside de 42,65%.

Os papéis da Gafisa (GFSA3) e da Tecnisa (TCSA3) receberam recomendação neutra por parte da equipe de análise da instituição financeira. Duas ações estão no grupo das que a indicação é de vender os papéis, são elas a PDG Realty (PDGR3) e a Rossi Residencial (RSID3).

Os analistas comentam que incluíram em suas novas projeções para as construtoras os resultados referentes ao terceiro trimestre de 2014; as novas estimativas macroeconômicas, especialmente a Selic fechando o ano de 2015 a 12,5%; uma postura de lançamentos e vendas mais conservadora; e um custo de capital na casa de 18% a 19,5%.

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Compra
A MRV Engenharia é a “top pick” dos analistas no setor. A instituição financeira afirma que a empresa tem alavancagem baixa, geração de caixa recorrente, retorno para os acionistas e expectativa de melhora em seu ROE (Retorno Sobre o Patrimônio, em tradução do inglês). A equipe de análise ainda pondera que o programa de recompra de ações da companhia não está incluído no modelo e pode ser um potencial catalisador de alta para as estimativas de ROE se for considerado um programa mais agressivo.

Já a Cyrela acabou de ser elevada para a recomendação de compra. Mais uma vez, a baixa alavancagem e a geração de caixa recorrente são os principais pontos elogiados pelos analistas. O principal gatilho para o investimento, de acordo com o BESI, é como a companhia vai desembolsar sua geração de caixa recorrente por meio de dividendos, banco de terras ou programa de recompra de ações.

Os analistas assinalam que, entre os dois, preferem a MRV uma vez que acreditam que a demanda por moradias em segmentos mais populares é mais resiliente do que no setor de atuação da Cyrela, que foca mais na classe média.

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Neutro
Sobre suas recomendações neutras, o BESI comenta que a Gafisa ainda precisa provar que consegue gerar um retorno esperado mínimo para seus investidores. Já a Tecnisa foi rebaixada para o patamar neutro por conta do aumento em seus riscos de alavancagem e de entrega e execução de projetos.

Venda
A recomendação de venda tanto para a Rossi, quanto para a PDG, é por conta do alto risco de alavancagem das duas construtoras. O tamanho atual das companhias é incerto, a visibilidade de lucros ainda é limitada e as estimativas da instituição financeira não incluem uma melhora na lucratividade das duas antes de 2017.