Crise d’água em SP faz Citi cortar estimativas para Sabesp; veja

Os analistas recomendam venda para o papel e reduziram seu preço-alvo

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – A crise de água em São Paulo parece estar definitivamente no radar dos investidores. Os analistas da Citi Corretora divulgaram relatório em que recomendam venda para os papéis da Sabesp (SBSP3) e reduzem seu preço-alvo, agora para R$ 12,90. “Assumimos um pior cenário para a recuperação dos principais reservatórios de água potável de São Paulo”, escreve a instituição financeira.

Apesar das iniciativas de preservação da água, a seca persistente está acelerando o processo de consumo dos reservatórios, afirma a corretora. “A precipitação está decepcionante em janeiro na área do Sistema Cantareira (apenas 12% do normal, com o armazenamento atingindo 5,1%). A recuperação no curto prazo depende de um nível saudável de chuvas entre fevereiro e abril”, afirmam os analistas.

Para evitar o racionamento de água, já assumindo a reposição de mais uma camada do volume morto, os analistas afirmam que as chuvas entre fevereiro e abril devem girar, no mínimo, em torno de 33% do normal.

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Além disso, os analistas acreditam que deve levar mais tempo ara o volume de água se reconstruir e assim incorporam uma extensão do programa de descontos em 2016. Para a Citi Corretora, o sistema Cantareira caminhará para a escassez se o nível de chuvas persistir em 12%, secando até junho.

Em relação às previsões para a companhia, os analistas estimam uma queda de 36% no EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês) no quarto trimestre de 2014, fechando em R$ 723 milhões e queda do lucro líquido de 61%, para R$ 232 milhões.