BB corta preço-alvo de educacionais após mudanças no FIES; confira

Os analistas reduziram suas projeções para quatro empresas do setor

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – A BB Investimentos cortou suas projeções para quatro empresas do setor educacional após as mudanças do governo federal no FIES, programa de financiamento estudantil, no final do ano passado. No entanto, a equipe de análise continua com recomendação Outperform (performance melhor que o mercado) para os papéis da Anima (ANIM3), Estácio (ESTC3), Kroton (KROT3) e Ser Educacional (SEER3).

As mudanças anunciadas pelo governo englobam uma limitação para os alunos que quiserem entrar no FIES, fazendo com que eles tenham uma pontuação mínima de 450 pontos no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e não podem zerar a redação. Além disso, foi divulgada uma mudança no prazo de pagamento do FIES para as empresas, que passou de 30 para 40 dias.

Assim, os analistas optaram por cortar o preço-alvo para o final de 2015 para todas as companhias do setor. Os papéis da Anima foram cortados de R$ 48,00 para R$ 33,50; já a Estácio foi de R$ 37,80 para R$ 26,50; a Kroton, por sua vez teve seu preço-alvo reduzido de R$ 18,50 para R$ 15,20; e a Ser Eduacional foi de R$ 36,20 para 24,40.

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Para os analistas, no longo prazo, a decisão do governo sobre a pontuação mínima para aderir ao programa faz com que sejam selecionados alunos mais preparados para se matricular em um programa de graduação, podendo levar a menores taxas de evasão no futuro.

“No aspecto negativo, entendemos que, no curto prazo, a determinação pode vir a diminuir o número de novos alunos, considerando que, segundo o Ministério da Educação, no ENEM de 2014 observou-se uma queda nas médias de matemática (-7,3%) e redação (-9,7%). Adicionalmente, mais de 500 mil alunos zeraram na redação de 2014”, pondera a BB Investimentos.

“Mesmo com as mudanças, entendemos que o mercado de educação superior no país ainda se mantém aquecido. O percentual da população que possui ensino superior ainda é baixo quando comparado a outros países desenvolvidos”, relata a corretora que, assim, se mostra ainda confiante no setor educacional.

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Para os analistas, a Kroton e a Estácio são as empresas que estão mais bem preparadas para atuar no novo cenário. “A Kroton é líder no segmento de EAD (Ensino a Distância), além de atuar no setor de Educação Básica por meio da Rede Pitágoras, o que acreditamos, será de grande valia como alternativas de renda e crescimento. O mesmo vale para a Estácio que, com a aquisição da UNISEB, passa a atuar forte no segmento de EAD”, afima a instituição financeira.