Momento é positivo para setor frigorífico, afirma Coinvalores

Analistas afirmam que as exposrtadoras de carnes estão se expandindo internacionalmente

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – O novo ciclo de crescimento do setor de frigoríficos não escapou do radar dos analistas da corretora Coinvalores. Em seu anuário especial de 2015, os analistas da instituição financeira destacam os fatores macroeconômicos atuais como sendo favoráveis para as perspectivas de exportação. Isso beneficia quatro empresas do setor no Brasil: BRF (BRFS3), JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3).

Uma das notícias positivas para o setor é a reabertura do mercado chinês para carnes in natura bovinas brasileiras. “Fatores como o crescimento acelerado no consumo de carne bovina na China (em detrimento da carne suína, devido a grandes surtos de gripe suína no país) e o decadente rebanho australiano, que representa cerca de 52% das importações chinesas, devem, além de favorecer o volume total demandado pela China, expandir as cotas brasileiras e de outros fortes produtores da América do Sul, tendo em vista que a produção chinesa não supre a crescente demanda interna”, escreve a corretora.

A outra notícia positiva é em relação aos embargos russos para produtos agrícolas provenientes de produtos agrícolas dos EUA e União Europeia, o que favorece a exportação do Brasil, Paraguai e Uruguai. “Destacamos que apesar da forte desaceleração da economia russa, (impacto das sanções americanas e europeias), o país ainda representa um destino estratégico para a indústria de proteínas brasileira, e vem garantindo forte incremento nas exportações”, afirmam os analistas.

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A Coinvalores relata que esse bom cenário vem propiciando uma consolidação e solidificação das grandes companhias em vários mercados, como a JBS na Austrália e EUA com bovinos e frangos e alimentos processados na América Latina ou a BRF no Oriente Médio. “Consideramos que apesar do crescimento das empresas nos últimos anos, o processo de consolidação deva continuar em 2015, sobretudo nas empresas que possuem maior apetite por internacionalização, tais como a JBS e BRF”, relata a instituição financeira.

O principal risco do setor é o surgimento de novos surtos de deficiências sanitárias, como a “vaca louca”, que poderia comprometer o processo de liberação do mercado brasileiro a mercados internacionais ou ainda congelar mercados que se encontram abertos atialmente.

Os analistas ressaltam que em 2014 ocorreram pequenos surtos, mas sempre restringidos a pequenas plantas, o que gerou embargos em determinados estados. No entanto, a expertise dos players nacionais fez com que houvesse um rápido remanejo nas exportações para plantas em zonas livres de contágio, fazendo com que os embargos pouco impactassem nos resultados das empresas.