HSBC afirma que crise na Petrobras não afeta crédito bancário e recomenda compra

Os analistas estão otimistas com as três principais instituições financeiras do Brasil

Leonardo Pires Uller

Publicidade

SÃO PAULO – O Global Research do HSBC divulgou relatório em que se mostra confiante nos principais bancos brasileiros. Para eles, a atual crise na Petrobras não afetará a situação de crédito do setor bancário no Brasil. Assim, a instituição financeira manteve sua recomendação de Overweight (maior peso na carteira) para os papéis do Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3).

O HSBC fez uma análise da situação atual de crédito do setor de concessões e construções, uma vez que a OAS, que está implicada em investigações sobre corrupção na Petrobras deixou de fazer um pagamento de títulos no início desse mês.

Os analistas concluíram que o risco de crédito para o setor bancário é apenas modesto, mesmo com a alta alavancagem da Petrobras. “Embora a inadimplência no segmento corporativo provavelmente venha a aumentar em 2015 em comparação aos níveis muito baixos de 2014, os bancos não estão indicando um aumento nos custos de crédito de forma geral”, escreve a instituição financeira.

GRATUITO

CNPJ DE FIIS E AÇÕES

Para informar FIIs e ações no IR 2024 é preciso incluir o CNPJ do administrador; baixe a lista completa para facilitar a sua declaração

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

“A mudança no mix no crédito a pessoas físicas, saindo de segmentos de maior risco como cartões de crédito ou financiamento de veículos e em direção a crédito imobiliário e consignado (agora representando 49% do total), provavelmente compensará o aumento em provisões para o segmento corporativo”, completam os analistas.

O preço-alvo calculado pelos analistas para o Banco do Brasil é de R$ 37,00 por ação – o que totaliza um potencial de valorização de 65,92% em relação ao fechamento do dia 16 de janeiro de 2015. Em relação aos riscos para o papel, os analistas incluem deterioração acima do esperado no índice de qualidade de ativos, e possíveis intervenções estatais na gestão da instituição.

Já para o Itaú Unibanco, o preço-alvo estimado pela equipe de análise é de R$ 44,00, upside de 28,13%. Entre os riscos de baixa da ação, o HSBC destaca a formação de inadimplência acima das expectativas e a sucessão do CEO (chief executive officer) Roberto Setúbal.

Continua depois da publicidade

Por fim, o preço-alvo calculado para as ações do Bradesco também é de R$ 44,00 por ação, chegando a um potencial de alta de 24,65%. Sobre os riscos para o investimento, os analistas destacam os spreads mais pressionados do que o previsto.