Gestora muda perfil das ações em que investe para encarar 2015 na Bolsa

Segundo a Fama Investimentos, este será um ano de ajustes na economia, com baixo crescimento, aperto monetário, restrição de crédito, além dos desafios internacionais

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – A Fama Investimentos decidiu mudar o perfil dos ativos de sua carteira para encarar 2015 na bolsa, visto que este será um ano de ajustes na economia, com baixo crescimento, aperto monetário, restrição de crédito, além dos desafios internacionais, como possível aumento de juros nos EUA, queda de commodities e desaceleração na China.

Segundo a gestora, isso não quer dizer que a bolsa não terá boa performance, mas é muito difícil ter uma visão clara. “Sabemos que o mercado em geral está pessimista e que ao menos uma boa parcela deste ‘mau humor’ já está incorporada nos preços”, disse. “Caso o novo ministro da fazenda seja capaz de restabelecer a confiança, ainda que a economia continue com baixo crescimento, poderemos ter um fluxo positivo para ações e consequente alta dos mercados”, completou.

Assim, alguns negócios com ciclo longo, de capital intensivo e risco de execução mais alto foram bastante reduzidos ou eliminados do portfólio da Fama, mesmo ainda gostando muito de algumas destas companhias, como o caso da Even (EVEN3).

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Por outro lado, a gestora aumentou a participação de empresas com baixo risco de execução, forte geradoras de caixa e resiliência de demanda, como Multiplan (MULT3), e M. Dias Branco (MDIA3), empresa que reúne estas características acima descritas. As cinco maiores empresas da carteira, que hoje representam quase 50% do portfólio, são líderes em seus segmentos, com baixa elasticidade de demanda e geradoras de caixa.

Uma parcela do portfólio, que anteriormente estava alocada a empresas mais incertas (casos de desalavancagem, turn-arounds, etc), que tinham os maiores potenciais de retorno do portfólio, foi alocada a empresas boas, sólidas, pouco alavancadas e bem geridas, mas que estão passando por um momento de curto prazo complicado e por isso tiveram suas ações excessivamente desvalorizadas, tais como Duratex (DTEX3), Mills (MILS3) e Randon (RAPT4).

Dessa forma, A Fama entende que aumentou muito a qualidade de seu portfólio, sem abrir mão de muito potencial de valorização. “O ano de 2014 foi muito difícil e volátil para os mercados, nossos fundos e nossos investidores. Foi também fundamental para a estruturação de nosso negócio para os nossos próximos 20 anos de história”, finalizou a gestora.