Ação que subiu 200% nos últimos quatro anos ainda irá valorizar mais, diz gestor

A Economática realizou uma pesquisa na qual analisou os papeis mais rentáveis da BM&FBovespa nos últimos quatro anos

Arthur Ordones

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São Paulo – A Economática realizou uma pesquisa na qual analisou os papeis mais rentáveis da BM&FBovespa nos últimos quatro anos. A Klabin (KLBN11), única empresa do setor de papel e celulose que integra o levantamento, figurou em terceiro lugar na lista por registrar retorno acumulado de 198,32% no período. No entanto, apesar da alta expressiva, Wagner Faccini Salaverry, gestor da Quantitas, uma gestora com R$ 16 bilhões de patrimônio sob gestão, acredita que os papéis têm potencial para se valorizarem mais.

Segundo ele, o Projeto Puma, anunciado pela companhia recentemente, reascendeu o interesse de gestores nas ações da companhia, visto que, com o projeto, ela deve dobrar de tamanho no próximos três anos. O Puma envolve R$ 7 bilhões de capex, sendo que, em termos líquidos, já reaproveitando a recuperação de impostos, ele chega perto de R$ 6 bilhões.

Com ele, a companhia irá produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano, sendo que, 1,1 milhão de toneladas é de celulose fibra curta e, as outras 400 mil, de celulose fibra longa. Além disso, o Puma ainda vai permitir uma venda de energia excedente, que deve dar cerca de R$ 150 milhões, considerando um megawatt médio de R$ 120.

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Outro atrativo do negócio, é que a Klabin irá ter um menor custo de produção, visto que ela já tinha artigos florestais (72 km de raio médio de corte de florestas no Paraná) para aproveitar no Puma, sem falar que ela vai ter a possibilidade de conectar todas as demais máquinas de papel que ela tem. “A princípio vai ser um projeto só de celulose, mas à medida que a demanda for aumentando, ela vai poder conectar as atuais unidades produtoras de papel nessa fábrica de celulose”, disse Salaverry.

O Projeto Puma vai fazer com que a empresa, que hoje fatura R$ 5 bilhões de reais, passe a faturar R$ 9,3 bilhões em 2017, quando o projeto já estiver pleno, o que representa um crescimento na faixa de 90%. Ao longo deste anos, a empresa ainda terá alguns projetos de desengargalamento, que vai aumentar a receita dela antes da entrada do projeto. “O Ebitda vai mais do que duplicar na nossa expectativa, de R$ 1,7 bilhão para R$ 3,7 bilhões. Os múltiplos, que hoje parecem muito caros, na faixa de 11x Ebitda para 2014, devem cair para 6x em 2017. É um claro caso de que, na primeira olhada parece uma empresa com múltiplos caros, alavancada (cerca de 3x dívida líquida/Ebitda) e um projeto de risco, mas que, na nossa visão, tem muito valor e vai valorizar muito nos próximos três anos”, concluiu Salaverry. 

Economática
Segundo o estudo da Economática, os papéis da Klabin apresentaram rentabilidade positiva em 30 meses e ocasionaram retorno superior ao Ibovespa em 27 meses, atingindo volume financeiro médio diário de R$ 20.401 milhões. Esse resultado reflete a estratégia da Klabin focada na redução de custos, na melhoria contínua dos processos florestais e fabris e em seu mix de produtos e mercados.

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Para realizar a análise, a consultoria considerou o período de 2010 a 2014. Foram avaliadas todas as ações negociadas na Bolsa de Valores com volume financeiro médio diário acima de R$ 1 milhão. De todas as 151 companhias que integram o levantamento, somente sete delas apresentaram retorno positivo aos investidores.

Sobre a Klabin
A Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, é líder na produção de papéis e cartões para embalagens, embalagens de papelão ondulado, sacos industriais e madeira em toras. Fundada em 1899, possui atualmente 14 unidades industriais no Brasil e uma na Argentina. Está organizada em três unidades de negócios: Florestal, Papéis (papelcartão, papel kraft e reciclados) e Conversão (papelão ondulado e sacos industriais).

Toda a gestão da empresa está orientada para o Desenvolvimento Sustentável, buscando crescimento integrado e responsável, que une rentabilidade, desenvolvimento social e compromisso ambiental. A Klabin integra, desde 2014, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da BM&Fbovespa. Também é signatária do Pacto Global da ONU e do Pacto Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, buscando fornecedores e parceiros de negócio que sigam os mesmos valores de ética, transparência e respeito aos princípios de sustentabilidade.