5 ações para comprar com a vitória de Dilma Rousseff

Papéis defensivos e expostos ao câmbio são os mais lembrados por especialistas

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Em uma campanha acirrada e com muitas reviravoltas, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi eleita neste domingo (26) para o cargo mais alto do poder executivo nacional e vai ficar outros quatro anos. Os eleitores decidiram em sua maioria pela manutenção do PT no poder. O InfoMoney conversou com especialistas para saber quais são as melhores ações para investir com a vitória da candidata petista e publica abaixo a lista das mais citadas:

Fibria (FIBR3)
A empresa do setor de papel e celulose opera quatro plantas no Brasil que, em conjunto, têm capacidade produtiva de 5,25 milhões de toneladas de celulose de mercado por ano, com exportação para Europa e China, fazendo com que suas receitas estejam muito atreladas ao dólar.

O analista Pedro Galdi afirma que justamente essa exposição ao dólar é um fator muito positivo para a empresa, uma vez que a tendência ainda é de alta para a moeda dos EUA, principalmente por conta da expectativa de aumento de juros na maior economia do mundo. Para Pedro Galdi, da SLW e Pedro Brugger, da Leme Investimentos, o ambiente macroeconômico ainda continua ruim, mesmo que sejam feitos ajustes, a situação não mudará drasticamente no curto prazo.

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Kroton (KROT3)
A Kroton é um dos maiores grupos de ensino superior no Brasil, com atuação também no ensino básico e uma base de 518 mil alunos matriculados nas modalidades presenciais e à distância. A companhia tem ainda 487 polos de ensino à distância e 53 campi.

Pedro Galdi ressalta que a empresa vem mostrando fortes resultados nos últimos trimestres e está posicionada em um setor mais defensivo e resiliente a turbulências no cenário macroeconômico que possam acontecer nos próximos anos.

Gerdau (GGBR4)
A companhia é líder na produção de aços longos para os setores de indústria, agropecuária e construção civil nas Américas e é uma das maiores fornecedoras de aços longos do mundo, com presença industrial em 14 países e capacidade instalada superior a 25 milhões de toneladas de aço.

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Mais uma vez, a justificativa para a recomendação é a expectativa de valorização do dólar frente ao real, de acordo com Pedro Galdi a empresa pode ser beneficiado com esse cenário tendo em vista que é uma grande exportadora, especialmente para os EUA.

Vale (VALE5)
A Vale é a segunda maior mineradora do mundo, ocupando a primeira posição na produção de minério de ferro e a segunda em níquel. Ela ainda produz minério de manganês, ferro ligas, cobre, fosfatos, carvão térmico e metalúrgico, potássio, cobalto e metais do grupo da platina, participando ativamente da exploração mineral em 27 países nos cinco continentes.

João Pedro Brugger ressalta, mais uma vez, o caráter exportador da empresa, que pode beneficiar seus resultados com uma depreciação do real frente ao dólar. Outro destaque é a eficiência da empresa e sua busca por manter os investimentos apenas em seu foco principal de produção.

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Ambev (ABEV3)
A distribuidora de bebidas nasceu da união de duas das cervejarias mais antigas do Brasil, estando presente em quatorze países nas Américas e ocupando a liderança de mercado no Brasil, Canadá, Paraguai, Bolívia, Uruguai e Argentina.

Pedro Galdi afirma que o papel também é uma escolha mais defensiva contra momentos de volatilidade na bolsa, uma vez que a empresa comercializa um produto de consumo mais resiliente, mesmo com condições econômicas adversas.