Santander diz que “era dourada do minério de ferro se foi” e reforça cautela sobre Vale

Analistas ainda rebaixaram a recomendação de três empresas do setor

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – “A era dourada já se foi”, afirmam os analistas do Santander sobre os preços do minério de ferro. E com esse panorama difícil, a equipe de análise optou por manter sua recomendação de manutenção para os papéis da Vale (VALE3) e cortaram novamente as estimativas.

“Reiteramos nossa opinião cautelosa no que se refere à Vale devido às expectativas ainda mais pessimistas (desde julho) para os preços do mercado à vista do minério de ferro”, escreve a instituição financeira.

O Santander afirma ainda que suas estimativas de EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, na sigla em inglês) para a mineradora são ainda menores do que o atual consenso do mercado. Outros pontos destacados são o possível risco regulatório por conta das mudanças nos royalties da mineração e o valuation pouco atrativo do papel.

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A única recomendação de compra do Santander no setor de “metais e mineração” é a Usiminas (USIM5). A companhia “continua sendo uma boa proposta risco/retorno em nossa opinião”, afirmam os analistas.

Além disso, a companhia segue com uma sólida alavancagem operacional e um valuation mais barato em relação a seus pares, o que fazem com que a empresa siga como principal aposta da instituição financeira. “Entretanto, esperamos a permanência de um momento de lucros fraco para o que resta de 2014”, poderam.

Rebaixadas
Em relatório com tom pessimista, os analistas ainda rebaixaram as recomendações de três companhias. Gerdau (GGBR4) e Magnesita (MAGG3) foram de compra para manutenção enquanto a CSN (CSNA3) foi de manutenção para “Abaixo do mercado”. Valuation, cenário desafiador e fundamentos das empresas foram as principais justificativas utilizadas pelos analistas.

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Minério de ferro
Sobre o minério, os analistas afirmam que revisaram para baixo suas estimativas. Para esse ano a média estimada foi para US$ 103 por tonelada e para 2015 foi de US$ 95/ton. “O provável fechamento de capacidade de minério de ferro doméstico chinês não ajudará na recuperação significativa dos preços do minério de ferro, a nosso ver, pois acreditamos que a eficiência de custos do segmento melhora conforme novos projetos finalmente são lançados”, relata a instituição financeira.