Conheça as ações que mais se beneficiam se Marina vencer as eleições

A possibilidade de uma vitória de Marina Silva no segundo turno das eleições presidenciais é algo que está ficando cada vez mais sólido, visto o resultado do último Datafolha

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – A possibilidade de uma vitória de Marina Silva, do PSB, no segundo turno das eleições presidenciais é algo que está ficando cada vez mais sólido, visto o resultado do último Datafolha, que apontou a candidata empatada com a atual presidente, Dilma Rousseff, no primeiro turno, com 34 pontos percentuais, e 10 pontos na frente dela no segundo turno.

Assim, os analistas já começaram a precificar quais ações seriam as mais beneficiadas com este cenário. De acordo com a Flavio Conde, analista da Gradual Investimentos, as ações da Natura (NATU3) devem se beneficiar fortemente, visto que a campanha de Marina é apoiada por Guilherme Leal, sócio da companhia. “Os fracos resultados da empresa referentes ao segundo trimestre de 2014, que fizeram com que esse seja um bom momento de compra; e a expectativa de recuperação de vendas da companhia agora no segundo semestre do ano também são motivos que beneficiariam a companhia”, disse.

Já para Allan Oliveira, analista da Futura Investimentos, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e da Petrobras (PETR4) iriam continuar se beneficiando. “Uma vitória da oposição, de modo geral, beneficiaria as estatais como um todo, mas isso já estão acontecendo”, afirmou. “As elétricas estão animadas também porque sofreram muito com o governo atual. No entanto, falar em ações da Natura, por conta do Guilherme Leal, ou da Itaúsa (ITSA3) e do Itaú Unibanco (ITUB4), por conta da Neca Setúbal, seria algo muito precipitado”, explicou.

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Já Marcelo Varejão, analista da Socopa, foi mais fundo no assunto. Para ele, seria uma contradição comemorar a chegada de Marina por conta de uma mudança de postura do governo, em termos de intervencionismo e transparência, e, ao mesmo tempo, apostar que as ações da Natura e da Itaúsa se beneficiariam pela participação de Leal e da Setúbal. “Isso seria algo equivocado, pois se tivermos mais transparência e menos intervenção, essas ações não serão beneficiadas individualmente”, explicou.

De acordo com Oliveira, Varejão acredita que os papéis que mais irão se beneficiar são os da estatais, mas isso já vem ocorrendo com a queda de Dilma nos últimos meses. “A aposta é mais na derrota da situação e vitória da oposição do que na Marina Silva especificamente”, concluiu.