Ação que subiu mais de 170% em 2014 irá valorizar mais 40%, afirma Bradesco

A Ágora/Bradesco mudou a recomendação das ações da B2W para compra e afirmou que elas têm potencial para subir mais 37,2% até o fim de 2015

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – A Ágora/Bradesco mudou a recomendação das ações da B2W (BTOW3) para compra e afirmou que elas têm potencial para subir mais 37,2% até o fim de 2015, apesar de os papéis já terem valorizado 173% este ano.

De acordo com a corretora o valuation da empresa está atraente em comparação com seus pares globais. Atualmente, a B2W está sendo negociada em 1,1x EV/vendas – múltiplo mais usado para empresas de e-commerce. A média do setor está em 1,6x para os principais players globais (porém esta média é levemente distorcida para cima por alguns participantes). Para efeito de comparação, a Amazon, que seria a empresa com maior equivalência, tem EV/vendas de 1,4x. “Considerando este ponto de vista, o valuation ainda parece atraente, apesar do aumento do preço das ações nos últimos meses, especialmente considerando que o e-commerce brasileiro está em um estágio inicial em relação aos mercados desenvolvidos, o que deve indicar uma perspectiva de crescimento rápido”, disse.

A empresa também já tem mostrado sinais de melhorias operacionais importantes além de manter, ao mesmo tempo, um forte crescimento das receitas. As despesas com vendas, gerais e administrativas, também mostraram uma tendência de melhoria. Como resultado, a margem Ebitda ajustada deverá atingir 4,8% em 2014, após o valor mínimo de 0,8% em 2012 e 1,7% em 2013.

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Segundo a Ágora, o posicionamento competitivo da B2W melhorou significativamente após os investimentos em infraestrutura, a fim de aprimorar o serviço ao cliente. A empresa recentemente fez algumas aquisições em TI e empresas de logística, com o objetivo de melhorar a sua expertise e oferecer aos seus clientes uma melhor experiência de compra. “Além disso, algumas das empresas adquiridas eram prestadores de serviços relevantes para outros concorrentes de e-commerce, o que os obrigou a encontrar substitutos. Esta estratégia tem contribuído para melhorar a posição competitiva da B2W no e-commerce do Brasil”, afirmou.

O e-commerce brasileiro oferece um espaço considerável para crescimento nas vendas, que devem continuar evoluindo rapidamente nos próximos anos, como resultado de uma maior penetração no total de vendas no varejo. No Brasil, o e-commerce é responsável por apenas 3% das vendas de varejo, contra 6% nos EUA. Acreditamos que, como resultado do aumento do número de usuários de internet e com a maior penetração da banda larga, o e-commerce no Brasil deverá ganhar maior participação nas vendas no varejo.

Finalmente, os riscos existentes nesta teses de investimento, de acordo com a corretora, são: o fluxo de caixa deve permanecer negativo por algum tempo, mas após o recente aumento de capital o financiamento da empresa está assegurado; a concorrência pode acirrar-se, especialmente com a Amazon em expansão no Brasil, mas as melhorias estruturais implementadas pela B2W contribuíram para deixar a empresa em uma posição competitiva diferenciada. Além disso, há um longo caminho pela frente para a Amazon desenvolver sua plataforma no país.