Ação pode valorizar 125%, diz gestora que utiliza princípios de Buffett

André Gordon, gestor da GTI Administração de Recursos, afirmou, no 7º Congresso Value Investing Brasil, que as ações da Locamérica tem potencial para passar de R$ 4,00 para R$ 9,00

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – André Gordon, gestor da GTI Administração de Recursos, afirmou, no 7º Congresso Value Investing Brasil, que as ações da Locamérica (LCAM3) podem valorizar 125%, passando de R$ 4,00 para R$ 9,00. A GTI é especializada em renda variável e possui uma filosofia de investimentos de longo prazo, utilizando os princípios e técnicas do value investing – estratégia de “valor”, a mesma utilizada pelo guru Warren Buffett.

A Locamérica é uma companhia de locação de frota de automóvel, que hoje negocia em bolsa abaixo do seu valor de frota líquida. “É um setor muito fragmentado e ela é a segunda principal, atrás apenas da Localiza no segmento de frotas. No entanto, apesar de estar em segundo, ela se destaca em diversos pontos”, disse.

O gestor explicou que ela está neste preço, desvalorizado, porque ela optou por liquidar frota, o que pressionou o mercado secundário o gerou uma perda, que veio num momento de resgates da indústria como um todo. “Isso, para uma ação pouco líquida, é muito ruim”, afirmou. “Grandes acionistas que vieram desde o IPO desfizeram posições. Ela saiu de R$ 9,00 para R$ 3,00”, completou Gordon.

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Somente neste ano, as ações da companhia já desvalorizaram 41,96%, mas, neste mês, a alta doi de 37,93%, até o fechamento de segunda-feira (26).

A GTI comprou a ação a R$ 3,00 e hoje ela já está em R$ 4,00, mas o valuation da gestora é R$ 9,00, com premissas conservadoras. “Nós achamos isso, além de outros fatores, pelo fato de que, hoje em dia, a penetração de frota no Brasil é de 5,4%, mas ela pode chegar a 10%. Quase dobrar no curto prazo”, contou.

Ainda segundo o especialista, uma tática importante para a empresa é a da venda de automóveis para os próprios usuários, visto que assim eles cuidam melhor do automóvel, que, consequentemente irá depreciar menos.

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Ainda de acordo com ele, no curto prazo, o crescimento é de 5% nos próximos cinco anos. “Modesto, mas considerável no longo-prazo”, finalizou Gordon.