Veja as ações que podem ‘golear’ na Copa do Mundo e aproveite as oportunidades

Os especialistas da Rico recomendaram as ações da Ambev, Localiza, Cielo, entre outras, para quem quer se beneficiar com a Copa do Mundo

Arthur Ordones

Publicidade

SÃO PAULO – Muitas expectativas positivas surgiram quando o Brasil foi indicado como o país sede do maior evento de futebol do mundo, em 30 de outubro de 2007, com os investidores olhando atentos às companhias envolvidas no evento e esperando os reflexos na Bolsa de Valores.

No entanto, seis anos depois, o cenário é desastroso, com muitos atrasos e problemas de diversas naturezas, que levaram os mesmo investidores, que estavam esperançosos, a ficarem totalmente desiludidos. Mas, em meio a isso tudo, será que ainda há o que esperar de positivo em termos de investimento?

Segundo André Moraes e Roberto Indech analista e responsável pela área de estratégias, respectivamente, da Rico (plataforma de investimentos), sim. Para os especialistas, para encontrar essas oportunidades, primeiramente é importante levar em conta o momento atual do mercado brasileiro de renda variável.

Aula Gratuita

Os Princípios da Riqueza

Thiago Godoy, o Papai Financeiro, desvenda os segredos dos maiores investidores do mundo nesta aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Em 2013, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores paulista, desvalorizou 15,5% e, em reflexo disso, 2014 iniciou com fortes baixas, sendo que, nas últimas semanas, o benchmark tem apresentado volatilidade em função das pesquisas eleitorais que elegerá o presidente do país para os próximos quatro anos. Além disso, ainda tem as oscilações que reflete a perspectiva de baixo crescimento do país, patamares elevados da inflação e o ciclo de alta dos juros.

No entanto, de acordo com ele, como o mercado de renda variável nada mais faz do que antecipar as perspectivas da economia tanto internas como externas, podemos enxergar as mazelas ficando para trás, com perspectivas de melhora diante de um ano eleitoral e da real necessidade de ajustes no modelo da política econômica e fiscal de nosso país. “Caso sejam cumpridos estes ajustes – previamente apontados pelo comportamento do mercado de renda variável – nossa bolsa tende a ter um desempenho bem acima da média dos demais mercados globais”, explicou Moraes. “Adicionalmente, com as taxas de juros em patamares elevados, já há títulos do Tesouro do Governo Federal pagando praticamente 12% ao ano, o que resulta em uma dobra de capital investido em pouco mais de sete anos”, completou Indech.

Diante disso, os especialistas acreditam que é a hora para voltar à Bolsa, mesmo que de forma gradual e acreditando na melhora da economia em longo prazo. “Se for mais conservador, é o momento de investir nos títulos públicos. Mas, olhando em curto prazo para a Copa, nosso tema inicial, há sim a possibilidade de empresas ligadas aos mercados afetados pelo evento ainda apresentarem bons resultados. Por isso, temos em mãos uma ótima oportunidade para retomar os investimentos em renda variável e gerar bons resultados enquanto esperamos a retomada do mercado como um todo”, disse.

Continua depois da publicidade

Segundo o analista, a escolha deve focar em empresas que terão giro elevado durante o evento esportivo. “Os setores de siderurgia e infraestrutura estão fora deste cenário, pois as capturas de receitas via construção de estádios, rodovias, aeroportos e outros ocorreu em sua grande maioria nos anos que antecederam o Mundial. Assim, as atenções devem estar voltadas ao setor de consumo interno”, afirmou.

Assim, seguem as sugestões dos especialistas:

Grandes lojas – Via Varejo (VVAR11) e Magazine Luiza (MGLU3): já capturam os principais benefícios para este ano que devem ser gerados pela venda de televisões por conta do evento;

Ambev (ABEV3): há uma perspectiva positiva pelo incremento de consumo tanto de cerveja quanto os outros líquidos vendidos pela empresa;

Localiza (RENT3): também é esperado um aumento considerável em sua receita advinda do aluguel de carros para a Copa do Mundo, ainda mais pela companhia possuir pontos de locação nos principais aeroportos do país;

Souza Cruz (CRUZ3): poderá se beneficiar do evento em função do aumento de demanda por cigarros, pois nos momentos de comemoração e “tensão” as pessoas costumam fumar mais;

Cielo (CIEL3): apesar do esperado aumento de concorrência no setor, também há uma expectativa pelo incremento de receita da empresa por conta do consumo interno de TVs, líquidos, viagens, locação de automóveis, artigos supérfluos, entre outros;

Gol (GOLL4): a malha aérea deverá aumentar substancialmente nos meses de junho e julho por conta das dimensões do país e da necessidade da utilização de aviões;

IMC (IMCH3): a rede de restaurantes situada em grandes aeroportos do país certamente se beneficiará com o aumento da demanda por refeições no período;

Frigoríficos – JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3): poderão obter incremento significativo em relação ao mesmo período de outros anos. A receita deve surgir da venda de carnes para comemorações que ocorrerão ao longo do período do evento;