Conheça 5 mitos sobre o mercado de ações

Acreditar que investir em ações é como apostar é um dos mitos listados

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO –  Quem nunca ouviu dizer que investir na Bolsa de Valores é o mesmo que apostar em um cassino? Ou que para aplicar em ações é necessário ter muito dinheiro? O mercado acionário é cercado de mitos que muitas vezes afastam os investidores, especialmente aqueles que estão dando os primeiros passos. 

O site Business Insider listou alguns mitos da Bolsa de Valores, e nós do InfoMoney acrescentamos outros. Confira:

1 º mito – Investir em ações é como apostar
Muitas pessoas deixam de investir em ações por conta desse mito. Algumas acreditam que as oscilações de um papel na bolsa dependem apenas de sorte – o que é um grande erro. Isso porque o preço da ação reflete a saúde financeira da empresa e sua capacidade de gerar lucros e resultados.

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É claro que diversos fatores econômicos também vão impactar o comportamento do papel, mas, no longo prazo, as ações com bons fundamentos, de empresas sólidas e bem conceituadas tendem a se valorizar. Por isso é importante estudar e tentar entender os motivos que podem fazer uma ação subir ou cair – e lembrar que investir na bolsa não é uma aposta.

2 º mito – O mercado de ações é exclusivo para quem tem muito dinheiro
Outro mito sobre a Bolsa de Valores é que este mercado é exclusivo para quem tem muito dinheiro para investir. Isso não é verdade, já que é possível comprar ações por valores baixos. É claro que, para montar uma carteira diversificada, com papéis de empresas de boa qualidade e de setores diferentes, é preciso algum capital disponível  (alguns especialistas apontam que com cerca de R$ 10 mil já vale a pena comprar as ações diretamente – claro, desde que você acredite no potencial da empresa).

Quem tem menos do que isso também tem outras formas de entrar investir em ações, por meio dos fundos de ações ou comprando ETF (fundos de índices, que replicam o desempenho de algum índice da Bolsa). Desta forma, com pouco dinheiro, o investidor consegue uma carteira com vários papéis de setores distintos.

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3 º mito  – Só é possível ganhar com a bolsa em alta
Se você pensa que só é possível ganhar no mercado acionário quando as ações se valorizam, está enganado. Isso porque existem operações em que o investidor pode operar vendido, realizar travas de baixa (com opções) ou até vender mini-índice Bovespa no mercado de BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros).

Neste tipo de operação, quanto mais o mercado cai, mais ganha-se em rentabilidade. Entretanto, assim como para ganhar no mercado em alta, para se dar bem no mercado em baixa é necessário acertar a tendência.

4º mito – Quando a bolsa está caindo, não é momento de entrar

Se você acha que, quando a bolsa está caindo, o melhor é ficar bem longe dela, pode estar muito enganado. Especialistas apontam que quando a bolsa apresenta grandes baixas, como as que têm acontecido ultimamente, pode ser uma boa hora para entrar no mercado. Isso porque, muitas vezes, o pessimismo faz com que boas ações, de empresas com bons fundamentos e potencial de valorização no longo prazo fiquem “baratas”, negociadas por um preço abaixo do que realmente valem.

Para saber as empresas que se enquadram é importante fazer uma análise dos seus números e múltiplos, ou buscar ajuda de especialistas. Também é preciso ter muito cuidado com mercados em tendência de baixa e comprar ações pensando sempre no longo prazo – caso contrário, as chances de perdas aumentam.

5 º mito – Para investir na Bolsa é preciso acompanhar o mercado diariamente

Algumas pessoas acreditam que, para investir no mercado acionário, é preciso ficar atento diariamente aos gráficos, às notícias e cotações de todas as ações que você possui, mas isso não é necessário – apenas investidores de curto prazo precisam ficar tão ligados no mercado diariamente.

Já se você analisou a empresa e acredita no seu potencial de alta no longo prazo, os movimentos diários não devem ter tanta influência. Neste caso, o mais importante é fazer revisões periódicas na carteira e se necessário, alterar o balanceamento. Caso alguma noticia ou acontecimento impacte de forma definitiva em alguma empresa que você possui na carteira, então você deve analisar e decidir o que fazer com o papel.