Gestora enxerga boa oportunidade em setores influenciados pelo governo

De acordo com a Gap, momento é propício devido à generalização da ideia de que momento é para consumo e varejo

Gabriella D'Andréa

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SÃO PAULO – Apesar dos setores que sofreram influência do governo terem sido penalizados na bolsa, principalmente no ano passado, a gestora de recursos Gap acredita que este é um bom momento para olhar para eles. “Acreditamos que existem boas oportunidades em empresas privadas, bem geridas, alinhadas e que possuem um modelo de negócios saudável. Encontramos a maior parte delas em setores que são regulados. Equatorial, Vivo e Cielo são bons exemplos”, diz a GAP, em carta mensal enviada aos cotistas.

De acordo com a equipe de gestão, a regulação por si só não é um problema (ou seja, regras pré-determinadas que definem o funcionamento do modelo de negócios setorial. “O maior problema é quando estas regras são erroneamente interpretadas pelos investidores, como foi o caso recente da renovação de concessões do setor elétrico. Dessa forma, a maior preocupação dos investidores deve ser a respeito da regulação futura, ou seja, das novas regras que serão definidas pela agência responsável por fiscalizar cada setor” dizem.

Para os gestores, muitos investidores ainda acham que os setores vencedores continuam sendo apenas consumo e varejo. “Enxergamos [esta tese] como muito arriscada tendo em vista a combinação de valuation de entrada e o possível ‘esgotamento’ do modelo de crescimento brasileiro”, afirmam. “Apesar de parecer arriscado investir em setores que podem ser influenciados pelo governo neste momento, enxergamos boas oportunidades sendo criadas.”

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Cenário macroeconômico
Em relação ao cenário macroeconômico, a instituição acredita que a Selic (taxa básica de juros) deve sofrer um ajuste moderado, entre 100 e 125 pontos-base, de forma que a taxa fique abaixo das mínimas históricas. Na avaliação da Gap, essa medida tem o objetivo ancorar as expectativas de inflação em um patamar próximo a 5,5%. 

Já no mercado de câmbio, a gestora acredita que, após sua apreciação nas últimas semanas, a moeda brasileira deve oscilar em um intervalo estreito em torno dos patamares atuais. Sendo assim, o real deve ter uma menor correlação com outras moedas.