ETFs populares não são os mais indicados agora; saiba em quais investir

De acordo com Sérgio Quintella, diretor da Valore Investimentos Personalizados, isso ocorre porque ambos estão muito tomados pelo Ibovepa, que não anda bem

Arthur Ordones

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SÃO PAULO – “Os ETFs (Exchange Traded Funds, também chamados de Fundos de Índice) BOVA11 e PIBB11, apesar de serem os mais populares do mercado, não são os mais indicados para compra no momento”, afirmou o diretor da Valore Investimentos Personalizados, Sérgio Quintella.

De acordo com ele, isso ocorre porque ambos estão muito tomados por ações de empresas de commodities e voltadas para segmentos da economia que não andam tão bem. “O mercado está muito seletivo, portanto, é melhor escolher ETFs de nichos selecionados.”

Segundo o diretor, dois ETFs que valem a pena investir agora são: o ECOO11, composto apenas por empresas que tem índices de baixa emissão de carbono, ou seja, sustentáveis, e o SMAL11, composto apenas por empresas com pequeno valor de mercado, chamadas de Small Caps.

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Além desses, existem diversos outros tipos de ETFs e cada um deles representa um determinado índice de ações. Quando um investidor adquire cotas de um determinado fundo de índice, ele detém todas as ações que estão relacionadas a ele de uma única vez, de maneira mais fácil e eficiente. O investidor só não pode esquecer que, como qualquer outro investimento em renda variável, os ETFs são ativos de risco, com uma rentabilidade não garantida.

A grande vantagem dos ETFs é que você pode investir em todas as ações que compõe o Ibovespa, ou qualquer outro índice que possua estes fundos espelhos, pagando uma única corretagem, ao invés de gastar uma grande quantia com os custos de ações individuais. Os fundos de índice cobram taxa de administração, mas normalmente elas são menores do que em fundos não passivos.  Além disso, quem investe é taxado com uma alíquota de Imposto de Renda de 15% sobre o ganho de capital. Como se trata de um fundo, não há isenções do IR para vendas abaixo de 20 mil reais mensais.

Conheça um pouco mais sobre os ETFs:

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ECOO11
O ECOO11 é composto pelas ações das companhias participantes do IBrX-50 que têm práticas transparentes com relação às suas emissões de Gases Efeito Estufa – GEE.

O fundo tem uma taxa de administração de 0,38% ao ano e uma alíquota de Imposto de Renda de 15% sobre o ganho de capital. Como se trata de um fundo, não há isenções do IR para vendas abaixo de 20 mil reais mensais.

As 10 maiores ações que compõe o fundo são: Itaú Unibanco (ITUB4) com 14,12%,  Bradesco (BBDC4) com 10,24%, Ambev (AMBV4) com 8,49%, Vale (VALE5) com 8,11%, VALE3 com 5,33%, Banco do Brasil (BBAS3) com 4,70%, Br Foods (BRFS3)– com 3,73%, OGX (OGXP3) com 3,44%, Cielo (CIEL3) com 3,08% e (Redecard) RDCD3 – com 3,06%.

SMAL11
O SMAL11 foi lançado no dia 28 de novembro de 2008 e tem como seu benchmark o índice SMLL, que sintetiza as Small Caps.

O fundo tem uma taxa de administração de 0,69%. As 10 maiores posições atualmente são: Dasa (DASA3) com 4,37%, Hypermarcas (HYPE3) com 4,23%, Totvs (TOTS3) com 3,85%, Localiza (RENT3) com 3,74%, Br Proprierties (BRPR3) com 3,45%, Anhanguera (AEDU3) com 3,07%, MMX (MMXM3) com 2,94%, Raia Drogazil (RADL3) com 2,74%, HRT (HRTP3) com 2,47% e Odontoprev (ODPV3) com 2,30%.

A rentabilidade acumulada deste fundo desde o seu lançamento até o dia 22 de fevereiro era de 190,45%.

BOVA11
O BOVA11, que começou a ser negociado em 28 de novembro de 2008, tem o Ibovespa como seu benchmark e já alcançou a marca de cinco mil negociações diárias, sendo hoje a opção preferida dos investidores que gostam de diversificar ativos.

O fundo cobra uma taxa de administração de 0,54% ao ano. As 10 maiores posições do fundo são: Vale (VALE5) com 9,04%, Petrobras (PETR4) com 7,72%, OGX (OGXP3) com 5,66%, Itaú Unibanco (ITUB4) com 4,39%, BM&FBovespa (BVMF3) com 3,46%, PDG (PDGR3) com 3,40%, Banco do Brasil (BBAS3)  com 3,17%, Gerdau (GGBR4) com 3,01%, Bradesco (BBDC4) – com 2,91% e Vale (VALE3) com 2,83%.

A rentabilidade acumulada deste fundo desde o seu lançamento até o dia 22 de favereiro era de 81,92%.

PIBB11
O PIBB11, lançado em 15 de julho de 2004, foi o primeiro ETF a ser negociado no Brasil e tem como benchmark o índice IBrX-50, que sumariza as 50 ações mais líquidas no Ibovespa.

O fundo tem uma taxa de administração de 0,059% ao ano. As 10 maiores ações que compõe o fundo são: Itaú Unibanco (ITUB4) com 9,46%,  Petrobras (PETR4) com 7,62%, Vale (VALE5) com 6,46%, Petrobras (PETR3) com 5,49%, Bradesco (BBDC4) com 4,65%, Ambev (AMBV4) com 4,32%, Vale (VALE3) com 4,12%, Itausa (ITSA4)  com 3,06%, Banco do Brasil (BBAS3) com 2,04% e Bm&FBovespa (BVMF3)  com 1,93%.

A rentabilidade acumulada do PIBB11 desde o seu lançamento até a última sexta-feira é de 242,95%.