Cielo tem múltiplos atrativos e vasto horizonte de crescimento, diz gestora

Empresa é apontada como vantajosa em relação às suas concorrentes

Gabriella D'Andréa

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SÃO PAULO – A Cielo (CIEL3), uma das empresas responsáveis pela adquirência das transações com cartões no Brasil,  ainda possui um vasto campo para crescer e tem vantagens competitivas importantes em relação aos seus concorrentes, de acordo com a gestora de recursos Set Investimentos.  

Por ter o controle compartilhado entre o Banco do Brasil e o Bradesco, uma das vantagens é que a Cielo possui alta capilaridade e consegue atingir 99% dos municípios brasileiros, já que tem distribuição própria e as agências desses dois bancos. Além disso, sua enorme escala de operações permite uma redução de custos de maneira eficiente, o que lhe permite obter o menor custo por transação do mercado. No caso de um concorrente, ele seria obrigado a arcar com esses custos e diluí-los em um menor número de transações, o que elevaria esse valor e o tornaria menos competitivo.

Entre os pontos positivos , a Set ainda ressalta o potencial de crescimento da companhia. “O mercado de cartões no Brasil ainda é sub-penetrado e há um grande mercado inexplorado. Em comparação com países mais desenvolvidos, no Brasil há espaço para dobrar a proporção de uso de cartões em relação aos gastos pessoais. Além desse potencial, a Cielo se beneficia por não apresentar os riscos de execução do varejo: Uma empresa de moda pode errar na coleção e perder vendas, por exemplo, mas as vendas perdidas por esse varejista poderão ser capturadas pela Cielo em algum concorrente desse varejista”, diz a Set, em carta aos cotistas.

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Por fim, a Set enxerga os múltiplos da empresa como sendo bastante atrativos. A Cielo é negociada a 13,5x o lucro projetado para 2013, o que daria um dividendo de 6% em relação à cotação atual. “Diversos varejistas listados na bolsabrasileira apresentam rentabilidade e crescimento inferior e são negociados na casa de 20x lucro ou mais”, aponta a gestora.

Risco
O maior risco apontado pela corretora é o de uma compressão de margens, caso haja um acirramento da competição entre as adquirentes.

“Acreditamos, no entanto, que esse cenário não é muito provável, pois os concorrentes da Cielo são controlados por instituições financeiras que sabem que esse é um negócio importante e que traz uma melhoria nas margens dos grupos em que estão inseridas. Sob o nosso ponto de vista, não seria vantajoso para essas concorrentes buscar um ganho de Market share no curto prazo, pois prejudicaria a rentabilidade deste negócio no futuro”, conclui a Set.