Gradual troca Randon por Cemig em carteira recomendada para esta semana

SÃO PAULO – A Gradual Investimentos divulgou sua carteira recomenda para o período entre 24 e 28 de setembro, realizando poucas mudanças na comparação com o portfólio anterior. Para esta semana, a corretora optou por excluir as ações da Randon (RAPT4) e incluir as da Cemig (CMIG4). A equipe de análise ainda diminuiu a participação da Suzano (SUZB5) de 10% para 5% e aumentou o peso da PDG Realty (PDGR3) de 5% para 10%.

A carteira sugerida pela Gradual registrou alta de 7,89% na semana passada, contra alta do Ibovespa de 5,14%. No mês, o portfólio acumula ganhos de 11,19%, 3,73 pontos percentuais acima da alta de 7,46% do benchmark. No ano, o portfólio da corretora tem alta acumulada de 42,68%, frente aos 8,05% do índice.

Perspectivas
Segundo o analista-chefe da Gradual, Paulo Esteves, os entraves políticos em torno do combate à crise na Europa e a contínua desaceleração da economia global  devem levar à uma alta mais consistente na bolsa nacional.

“Com sinais ainda confusos vindos do front externo, teremos condições para um bom avanço do Ibovespa até o final do ano. Já a interferência do governo nos setores mais regulados pode afetar as ações, trazendo insegurança para os investidores”, comenta Esteves.

Confira abaixo a análise da corretora sobre cada recomendação:

Banco do Brasil (BBSA3): Segundo a equipe de análise da Gradual, o banco prossegue com bom desempenho nas suas operações, com êxito na expansão de sua carteira de crédito, com manutenção da qualidade dos ativos e contenção dos gastos administrativos. Com dividend yield (dividendo pago por ação/cotação da ação) de 7,2%, as ações do Banco do Brasil é atual top pick no setor de bancos da corretora.

Petrobras (PETR4): As ações da petrolífera continuam na recomendação pela crescente possibilidade de novos reajustes dos combustíveis ainda em 2012, sem contar a ênfase dos investimentos em exploração e produção e o cenário de crescimento da demanda doméstica de derivados de petróleo nos próximos anos, comenta a corretora.

Providência (PRVI3): Segundo os analistas da Gradual, as ações da Providência são recomendadas diante das perspectivas de crescimento da demanda doméstico em conjunto com o avanço do plano de expansão da capacidade produtiva da empresa.

Bematech (BEMA3): A continuidade dos resultados positivos da companhia, com o acerto do seu novo planejamento estratégico e diante das perspectivas de mercado favoráveis fez a equipe de análise da corretora manter as ações da Bematech em sua carteira recomendada semanal.

Brookfield (BISA3): a corretora manteve as ações da Brookfield acreditando em um cenário de recuperação da bolsa no segundo semestre. “Consideramos a queda da ação exagerada em relação ao desempenho e perspectivas da companhia no longo prazo”, justificou a equipe de análise.

BM&FBovespa (BVMF3): segundo a corretora, o fim das férias no hemisfério norte pode ser um dos fatores favoráveis para o ganho de liquidez da bolsa nestes últimos três meses do ano. “Para o cenário de recuperação do Ibovespa nos próximos meses, BVMF3 é uma ação que se encaixa bem na estratégia, por seu beta superior que amplifica o movimento do índice”, aponta Esteves.

Saraiva (SLED4): a corretora continua recomendando as ações da livraria devido aos seus múltiplos atrativos e pelas boas perspectivas do setor.

Grendene (GRND3): os analistas da Gradual continuam recomendando os papéis da produtora de calçados devido à sua boa resiliência frente à situação de desaceleração econômica. “A Grendene continua ganhando market share no mercado interno e, com sólida situação de caixa, tem distribuído elevados dividendos”, comenta Esteves.

Suzano (SUZB5): a conclusão da oferta pública primária de ações abre espaço para recuperação das ações da companhia, segundo a Gradual. Além disso, a recente inclusão dos papéis preferenciais A da Suzano na composição da carteira teórica do Ibovespa deverá elevar a liquidez do papel, com pressão compradora por parte de fundos indexados ao índice.

Eucatex (EUCA4): a corretora recomenda as ações da Eucatex diante das projeções de expansão da geração de caixa da companhia nos próximos trimestres, com o avanço da utilização da capacidade instalada da sua nova planta.

Bradespar (BRAP4): a Bradespar participa do controle da Vale por meio da Valepar, que detém 54,1% do capital votante da mineradora. Com 17,4% de participação na holding, a participação indireta na Vale é de 5,9% no final de junho de 2012, segundo a corretora. “Dada a queda de 9% da Bradespar em agosto, voltamos a colocar os papéis da companhia em um patamar atrativo, mesmo com cenário adverso”, explica o analista.

PDG Realty (PDGR3): segundo os analistas, a posse do novo CEO, Carlos Piani, deve dar ritmo ao processo de reestruturação da companhia. “Apesar de detalhes do novo plano de ação ainda não estarem claros, vemos o momento como de inflexão para a história da empresa, ressalvados os riscos da empresa e do próprio setor, bastante sensível aos desdobramentos da conjuntura macroeconômica”, explica Esteves.

Cemig (CMIG4): a corretora analisa a queda da Cemig como exagerada, após as medidas anunciadas pelo governo para o setor. “A companhia participa em mais de 100 empresas, além de consórcios e fundo departicipações, e conta inclusive com investimentos no exterior, como a linha de transmissão de energia elétrica no Chile, portanto seus resultados não devem ser muito afetados pela medida provisória”, comenta o analista.

Confira a carteira recomendada pela Gradual para esta semana: