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SÃO PAULO – O segundo trimestre já passou e deixou uma lembrança amarga em mais da metade das companhias listadas no Ibovespa. Segundo levantamento da corretora Coinvalores, dos 54 setores divididos por ela para a bolsa brasileira, 31 viram seus lucros minguarem ou prejuízos avançarem na comparação com o mesmo período do ano passado. Contudo, alguns se destacaram positivamente, como os setores de informática, varejo e planos de saúde.
No geral, o lucro das empresas acompanhadas pela corretora também recuou em 55,5% na comparação anual, indo de R$ 51,6 bilhões para R$ 22,9 bilhões no segundo trimestre.
Quem mais cresceu no período, contudo, foi o setor de planos de saúde, que mostrou um avanço de 343,3% na comparação anual, seguido por varejo, com 223,3%, e informática, com 218,3%. Entretanto, a maior parcela dos ganhos ficou com os bancos de varejo, que no total registraram um lucro de R$ 9,3 bilhões. A segunda posição ficou com as mineradoras, com R$ 4,9 bilhões. Já a terceira colocação ficou com as empresas integradas de energia, como a Cemig (CMIG4), que somaram entre abril e junho um lucro de R$ 2,3 bilhões.
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Na ponta negativa aparece o setor de petróleo, que mostrou um prejuízo líquido de R$ 1,9 bilhão, sendo que em boa parte esse desempenho foi guiado pelo resultado ruim da Petrobras (PETR3, PETR4) – que teve prejuízo de R$ 1,346 bilhão. O segundo maior prejuízo corresponde ao setor de papel e celulose, de R$ 974 milhões, seguido por petroquímico, de R$ 747,3 milhões.
Ranking de maiores lucros e prejuízos no 2º trimestre:
Posição* | Setor | Lucro/Prejuízo (em R$ milhões) |
OS MAIORES LUCROS | ||
1º | Bancos de Varejo | 9.387 |
2º | Mineração | 4.941 |
3º | Energia (companhias integradas) | 2.359 |
OS MAIORES PREJUÍZOS | ||
52º | Petroquímico | (747,3) |
53º | Papel e Celulose | (974) |
54º | Petróleo | (1.924) |
*Fonte: Coinvalores |
Resultados ruins, perspectivas boas?
Algumas companhias foram fortemente afetadas no segundo trimestre, como a CSN (CSNA3), que registrou o segundo maior prejuízo entre as companhias do Ibovespa, totalizando em R$ 1,048 bilhão. Mesmo assim, isso ainda justifica uma boa recomendação por parte da equipe de análise da corretora.
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A companhia registra o sexto maior potencial de valorização das ações listadas na bolsa paulista, de 41,22% para o final deste ano, com recomendação de compra pela corretora.
A Vale (VALE3, VALE5), que viu o lucro recuar em 50% no trimestre trimestre, também tem suas ações recomendadas pela corretora, que as atribui o quinto maior potencial de valorização, de 47,27% frente o fechamento da última quarta-feira (27).
As maiores apostas de compra da corretora, contudo, ficam com as ações da Eucatex (EUCA4), que registram um potencial de alta 66,14% no ano, seguidas pela Randon (RAPT4), de 65,8%, e Providência (PRVI3), de 53,61%.
É importante deixar claro que esse potencial de valorização é basicamente a distância percentual do preço atual da ação em relação ao preço estimado para os próximos 12, baseado nas estimativas da corretora. Ou seja, o upside calculado não significa necessariamente que a ação alcançará esse preço no longo prazo.
Maiores apostas de valorização para 2012:
Empresas | Ticker | Preço-alvo | Upside* |
Eucatex | EUCA4 | R$ 10,50 | +66,14% |
Randon | RAPT4 | R$ 16,00 | +65,80% |
Providência | PRVI3 | R$ 10,00 | +53,61% |
MRV Engenharia | MRVE3 | R$ 17,00 | +48,47% |
Vale | VALE5 | R$ 52,00 | +47,27% |
CSN | CSNA3 | R$ 16,00 | +41,22% |
*Upside: potencial de valorização em relação ao fechamento da última quarta-feira (22) |