Ex-OGX anuncia início da produção do 4º Poço no Campo de Tubarão Martelo

De acordo com a companhia, "o quarto poço representa mais uma importante etapa concluída dentre as atividades operacionais e cumprimento das metas do Plano de Recuperação Judicial"

Rodrigo Tolotti

Visita a Plataforma Ocean Quest na Bacia de Campos

Publicidade

SÃO PAULO – A OGPar, antiga OGX Petróleo (OGXP3), anunciou na noite desta quinta-feira (4) que iniciou a produção no quarto poço do campo de Tubarão Martelo, localizado nos blocos BM-C -39 e BM-C-40, através do poço horizontal TBMT-6HP.

De acordo com a companhia, “o quarto poço no campo de Tubarão Martelo representa mais uma importante etapa concluída dentre as atividades operacionais e cumprimento das metas do Plano de Recuperação Judicial”. Em recuperação desde o final de 2013, a companhia viu seus credores aprovarem o plano apresentado no último dia 3 de junho.

Nos últimos dias, o noticiário da companhia tem sido agitado. Na noite de terça, a OGPar informou que Eliezer Batista, pai do empresário Eike Batista, renunciou ao cargo de membro do conselho de administração da empresa. Segundo a nota da empresa, Eliezer fez o comunicado por meio de carta no último dia 31 de agosto.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Além disso, a “novela” envolvendo a companhia e seu credores ganhou mais um capítulo no início da semana. Desta vez, a discussão gira em torno da participação de um grupo no financiamento tipo DIP (debtor in posession, na sigla em inglês) à companhia – que resultará posteriormente em participação acionária. Ao todo, serão injetados US$ 215 milhões na petroleira de Eike Batista.

Uma fonte próxima às negociações disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que a companhia quer barrar credores que foram contra a homologação do plano, após aprovação em assembleia, por considerar “incoerente” a participação deles na segunda fase do financiamento. A etapa totaliza US$ 90 milhões e está dividida em “segunda série” e “terceira série”, sendo esta última aberta a todos credores.

O grupo de minoritários, por sua vez, considera que a empresa está descumprindo o plano ao deixá-los de fora da terceira série, que foi oferecida a todos os credores interessados em participar. A primeira parte do aporte, de US$ 125 milhões, foi concluída com a participação só de credores majoritários. O empréstimo é parte chave da reestruturação da companhia.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.