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SÃO PAULO – A OGX Petróleo (OGXP3) divulgou os resultados do primeiro trimestre de 2013, registrando um prejuízo líquido de R$ 805 milhões, quase o triplo dos R$ 286 milhões observados no quarto trimestre de 2012.
De acordo com a companhia, esse prejuízo foi grande parte sem impacto no caixa. “Esse resultado decorre principalmente de despesas no valor de R$1,19 bilhão referentes a poços secos e áreas subcomerciais devolvidas à ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis) após a conclusão do período exploratório em Março de 2013. Esses impactos foram parcialmente compensados pelo efeito positivo de imposto de renda e contribuição social diferidos de R$424 milhões”, ressalta a companhia.
Por sua vez, a receita líquida da companhia somou R$ 289 milhões, com alta de 65% na comparação com o quarto trimestre de 2012, de R$ 175 milhões. Já o capex (investimentos em bens de capital) passou de R$ 550 milhões nos últimos três meses de 2012 para R$ 289 milhões no primeiro trimestre deste ano, queda de 47%.
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Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) passou de um resultado negativo de R$ 38 milhões no quarto trimestre de 2012 para um número positivo de R$ 74 milhões.
Acordo com a Petronas
A companhia ainda deu mais detalhes sobre o contrato com a Petronas, que teve como objeto a venda da participação de 40% dos blocos BM-C-39 e BM-C-40, localizados na Bacia de Campos, por US$ 850 milhões.
A empresa afirmou que receberá US$ 250 milhões assim que as aprovações regulatórias da ANP e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sejam feitas, sendo que os outros US$ 500 milhões serão liberados por uma conta custódia assim que houver o início da produção. Os outros US$ 100 milhões serão pagos à companhia conforme determinados níveis de produção sejam atingidos.
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Palavras do diretor
O diretor-presidente da OGX, Luiz Carneiro, comentou os resultados da companhia do primeiro trimestre:
“No primeiro trimestre de 2013, a OGX demonstrou um contínuo progresso, registrando maiores receitas e um EBITDA positivo pela primeira vez, assim como um aumento no volume total produzido no Campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, que totalizou 954 mil barris de petróleo.
A companhia também atingiu produção total de quatro milhões de metros cúbicos de gás por dia no Campo de Gavião Real, na Bacia do Parnaíba, após a sincronização da quarta turbina da Usina Termoelétrica Parnaíba I com o sistema nacional.
Apesar deste avanço, este foi um trimestre desafiador para a OGX, uma vez que problemas operacionais levaram a paradas na produção dos poços OGX-68HP e TBAZ-1HP, além de intermitência operacional no poço OGX-26HP. Continuamos analisando o comportamento do reservatório, assim como o impacto no volume recuperável total estimado”, afirmou Carneiro.