Prejuízo da OGX cresce 130% em 2012 e atinge R$ 1,1 bilhão

Caixa da companhia caiu de R$ 5,5 bilhões em 2011 para R$ 3,4 bilhões no final de 2012, uma queda de 43,10%

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – O prejuízo da OGX Petróleo (OGXP3) cresceu 130,05% de 2011 para 2012, atingindo R$ 1,17 bilhão no ano passado, comunicou a empresa nesta terça-feira (26) – em comparação feita com números divulgados no balanço de 2011. A companhia terminou o seu primeiro ano produzindo petróleo com uma receita de R$ 325 milhões, sendo que R$ 175 milhões foram no último trimestre. 

O prejuízo do último trimestre foi de R$ 286 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu os R$ 343 milhões negativos, uma queda de 20%. O caixa da companhia caiu de R$ 5,5 bilhões em 2011 para R$ 3,4 bilhões no final de 2012, uma queda de 43,10% – que pode ser fortalecida em R$ 1 bilhão quando a OGX assim o desejar, por conta do acordo com Eike Batista.”A OGX está bem posicionada para enfrentar seus desafios enquanto continuamos desenvolvendo nosso negócio”, afirma Luiz Carneiro, diretor presidente da OGX.

Em 2012, a companhia vendeu 2,39 milhões de barris de petróleo, sendo que nos dois primeiros meses de 2013 a companhia já realizou vendas de cerca de metade disso. O Ebitda por barril foi de R$ 72,87 no ano passado, impactado pela terceira carga, que teve Ebitda de “apenas” R$ 33,02 por barril. “Após apenas quatro anos desde sua criação, a Companhia atingiu um marco histórico em 2012 ao iniciar a produção de petróleo no Campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos. Ao longo do ano, atingimos um total de 2,4 milhões de barris entregues a partir do Campo de Tubarão Azul e contabilizamos receita de R$325 milhões”, destaca o presidente.

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Os três poços da companhia se restringem à essa região: OGX-26HP, OGX-68HP e TBAZ-1HP – sendo que este último entrou em operação em janeiro. A abertura do terceiro poço fez com que a média de produção cada poço recuasse e atingisse 3,8 mil barris de petróleo por dia. A companhia deve ver mais dois poços entrarem em operação até o final do ano, após a chegada dos FPSOs (Unidade de armazenamento e transferência) OSX-2 e OSX-3 no 3º trimestre de 2013. 

Investimentos futuros
O capex (custos de capital) da companhia atingiu os R$ 4,33 bilhões em 2012, aumentando em cerca de R$ 3,9 bilhões de um ano para o outro – sendo que grande parte dos investimentos da companhia, R$ 2,7 bilhões, se concentraram na Bacia de Campos. Esses investimentos estão 75% concentrados em desenvolvimento e apenas 25% em exploração. A empresa viu seus empréstimos crecerem em R$ 3,3 bilhões, atingindo os R$ 8,04 bilhões em 2012. 

A companhia destaca que visa obter uma extensão das concessões de exploração para as áreas que acredita ter grande potencial, sobretudo após declarar as acumulações de Pipeline, Fuji e Illimani como comerciais. A tem PADs (Plano de Avaliação de Descoberta) para outras regiões, como Vesúvio, Viedma, Tulum e Itacoatiara, na bacia de Campos, assim como Curitiba, Belém e Natal na Bacia de Santos. Para tratar dos resultados e outros eventos futuros, a OGX deve realizar uma teleconferência nesta quarta, às 12h00 (horário de Brasília).