Após plano de negócios, corretoras têm perspectivas otimistas para OGX

Apesar das projeções positivas, Link Investimentos diz que a divulgação do relatório não é driver de curto prazo para a ação

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – O detalhamento do plano de negócios da OGX Petróleo (OGXP3) divulgado nesta manhã veio em linha com o esperado pela Ágora Corretora, mas foi avaliado como positivo para a Link Investimentos, fazendo assim com que ambas corretoras mantivessem seus calls para a ação, com perspectiva positiva. 

O analista Luiz Otávio Broad, do Ágora, recomenda a compra dos papéis, projetado um preço-alvo de R$ 37,40 para o final deste ano, o que representaria um upside de 141,13% frente ao fechamento desta terça-feira (7). Já Andrés Kikuchi, da Link, possui um target de R$ 25,50 aos ativos, upside de 64,41%. 

O plano
Kikuchi lembra positivamente das informações sobre a geração operacional de caixa e do capex (custos de capital) da companhia para 2011, 2012 e 2013, quando entrarão em operação os projetos de Waimea e Waikiki, ressaltando que dada a atual posição de caixa e os recursos operacionais iniciais estimados, os rumores de que a petrolífera de Eike Batista está por emitir ações no curto prazo serão afastados. 

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Como lembra Broad, a produção começará em outubro, atingindo produção de até 20 mil barris por dia, alcançando 150 mil barris por dia quando a produção de Waikiki for iniciada, no final de 2013. 

O analista da Ágora também chama a atenção para o capex de US$ 2 por barril e custos operacionais inferiores à US$ 16 por barril, levemente abaixo da expectativa de Kikuchi – que eram de US$ 3,00 e US$ 15,7 por barril, respectivamente. 

Em relação à capacidade de produção esperada para 2015 (730 mil barris por dia) e para 2019 (1,4 milhão barris diárias), Kikuchi lembra ser próximo ao projeto apresentado no relatório da D&M de março de 2008, mas inferior ao que ele esperava. 

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Kikuchi também lembra de que a previsão é de que o gás natural produzido seja inicialmente comercializado com a MPX Energia (MPXE3), e que essa revisão não será driver de curto prazo para as ações, como seria um farm-out, uma venda parcial de suas concessões para arrecadar fundos.