Investir em empresas inovadoras no estágio inicial pode ser a chave para o sucesso

O Bossa Summit, um dos maiores eventos de startups, revela que mais da metade dos investimentos são destinados às empresas em early stage

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Empreendedores, investidores, especialistas e interessados tiveram a oportunidade de conhecer melhor o ecossistema das startups no Bossa Summit Investimentos, considerado o maior evento de startups do Brasil, que foi realizado nos dias 23 e 24 de março.

Com cerca de 7 mil pessoas e 350 expositores, o Bossa Summit é a oportunidade perfeita para se conectar com todo o mercado de inovação e se expor a novas oportunidades de parcerias e negócios. Nos dois dias de evento deste ano, foram gerados cerca de R$ 50 milhões em negócios, quase o dobro de 2022, quando foram negociados em torno de R$ 27 milhões.

O resultado comprova que o mercado de startups tem ganhado cada vez mais destaque no Brasil. João Kepler, um dos fundadores da Bossa Nova Investimentos, destacou a importância do evento não só para as startups, mas para toda a comunidade empreendedora, que pode fazer parcerias, oferecer soluções e captar dinheiro.

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Sobre o mercado de investimentos em startups, João destacou que 2022 foi um ano de ajustes após recordes de investimentos em 2020 e 2021, e que 2023 pode ser um bom ano para as startups early stage e pequenas, que não sofreram tanto impacto em relação às grandes startups. Ele ressaltou que investir em startups é um ativo ilíquido e de alto risco, e que o ideal é alocar apenas 5% a 10% do capital nessa classe de investimento.

João ressaltou que a Bossa Nova Investimentos diversifica seu portfólio de startups para diminuir o risco, “se você for olhar a Bossa Nova, a gente só perdeu 6% do nosso portfólio em 7 anos.”

Magis 5 é uma das startups investidas pela Bossa. A empresa é uma plataforma de automação de marketplace que oferece suporte desde a criação de anúncios até o gerenciamento de estoque, expedição de pedidos e logística. Caetano Mantovani, co-fundador da startup, comemora a expansão do negócio que tem apenas 5 anos. Ele conversou com Ana Medici, em uma edição especial do Trilha da Inovação, direto do Bossa Summit.

“A Bossa Nova investiu em um valuation de dois milhões. Agora a gente está conversando sobre 120 milhões”. Caetano ressaltou que agora estão prontos para acelerar o crescimento da empresa: “Agora a gente tá aqui pra abrir uma rodada Série A. A gente passou já por um processo de seed, recebemos também um investimento de um fundo americano e agora a gente estruturou e está com a máquina pronta pra acelerar.”

A Bossa Nova Investimentos também tem uma estratégia bem definida de saída do fundo de investimento da empresa, diz João: “No momento da Série A, quando o novo fundo quiser limpar o captable, como a gente chama, ou seja, tirar os fundadores anteriores, a gente sai para não atrapalhar a empresa.”

Os números mostram que o early stage domina o mercado de investimento em venture capital no Brasil e no mundo — nos últimos sete anos, a fatia deste mercado nunca ficou abaixo dos 62% nos dois contextos.

Em relação aos retornos, investir em early stage e fazer o exit com até cinco anos traz os melhores resultados: a Taxa Interna de Retorno (TIR) nos Estados Unidos é de 16,14% nessa faixa de tempo.

A Bossa Nova Investimentos é uma empresa de Venture Capital que atua no Brasil, com uma abordagem de investimento semelhante à da empresa americana SV Angel.

Rodolfo Santos, diretor de Venture Capital da Bossa, explicou que conheceu a estratégia da SV Angel através do co-fundador da empresa, Pierre Schurmann. Depois de estudar mais de 5.000 investimentos realizados pela SV Angel nos Estados Unidos, ele criou um ranking com base em três parâmetros: número de investimentos, quantidade de saídas e quantidade de unicórnios. O resultado mostrou que a SV Angel era a empresa número um no ranking.

“É fácil de entender, a partir do momento que essas startups vão fazendo novos rodadas, vão crescendo, a gente vai fazendo o follow on. Nessas startups que a gente tem esse direito, que a gente já é um dos acionistas da empresa”.

Para o empreendedor que está em busca de investimento, Rodolfo explica qual o processo para aplicar na empresa no Bossa Nova. A startup se inscreve no site, passa por uma banca de análise, depois é apresentada para o comitê e, se aprovada, é feito o due diligence e o investimento é realizado. Todo o processo, desde a inscrição até o investimento, pode ser concluído em apenas 20 dias, desde que o empreendedor seja rápido na documentação. “A gente montou uma indústria de investimentos. Então, funciona mais ou menos igual uma indústria mesmo”.

No ano passado, a Bossa Nova analisou mais de 3 mil startups, mas investiu em apenas 2,5% delas. Segundo Rodolfo, as indicações de investidores e empreendedores são as que mais convertem em investimentos.

Além dos fundos de Venture Capital, grandes empresas também estão de olho nas startups em estágio inicial.

A ArcelorMittal, uma das maiores empresas de aço do mundo, estava presente no Bossa Summit. A empresa possui o Açolab Ventures, fundo de investimento que tem como objetivo investir em torno de 10 a 15 startups até 2025.

Rodrigo Carazolli, gerente geral de inovação da ArcelorMittal, acentua que a empresa trabalha com smart money, oferecendo além do dinheiro, rede de relacionamento, expertise e acesso ao mercado.

“É super importante, porque nos inspira, nos traz o novo, a novidade, por mais que seja uma empresa grande, líder global em vários mercados que ela atua, a gente sempre tem como aprender mais e a gente vê que quando a gente conecta com quem está fora, quem tem muita capacidade, a gente se torna muito maior. A gente soma as capacidades internas com as capacidades externas.”

Por Ana Medici, apresentadora do Trilha da Inovação.

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