Como funcionam os ICOs da Bomesp, primeira bolsa de criptomoedas empresariais do Brasil

O programa F5 desta quarta-feira recebe o diretor da Bomesp, Fernando Barrueco

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – O Brasil é palco da primeira bolsa de valores de criptomoedas emitidas por empresas, a Bomesp (Bolsa de Moedas Virtuais Empresariais de São Paulo), que tem por trás a Fundação Niobium.

Nesse formato, até então inédito, a Bomesp funciona como um marketplace de moedas digitais, exclusivamente emitidas pelo mercado corporativo. É uma maneira de possibilitar ao investidor diversificar seus investimentos nas criptomoedas, ao mesmo tempo em que ela traz mais segurança para eles, de acordo com a Bomesp.

Nela o IPO se transforma em ICO, sigla em inglês para Oferta Inicial de Criptoomeda, que aconteceu com a moeda Niobium (NBC) entre dezembro de 2017 e fevereiro deste ano. Foi um lançamento feito para arrecadar fundos para a Bomesp.

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“O IPO é a abertura de um capital da empresa na Bolsa. Estamos valando de valor imobiliário, quando a empresa chama o investidor para participar da empresa. Diferentemente, um ICO é quando uma empresa cria um criptoativo e oferta eles no mercado para as pessoas adquirirem. Estamos falando de mundos muito distintos”, disse Fernando Barrueco, diretor da Bomesp, no programa F5 desta quinta-feira (14). 

A Bomesp dividiu em três os tipos de criptoativos a serem negociados: blue coins, cuja característica é de paridade com outras moedas; green coins, emitidas por empresas de projetos sociais, startups; gold coins, que tem uma volatilidade e vai depender do projeto da empresa. 

Ainda não existe uma regulamentação para o ICO no Brasil, mas, segundo Barrueco, a CVM entende que essa é uma operação que não tem valor imobiliário – e, portanto, pode acontecer. Outros países, como a Suíça, já regulamentaram e distinguiram o ICO.

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No próximo mês, a Bomesp vai lançar um questionário para as empresas interessadsa em emitirem suas próprias criptomoedas. “Dentro de um compliance da própria Bomesp, nós vamos avaliar todas as empresas que pretendem fazer o ICO e, a partir disso, entrar em contato com elas”, disse Fernando. Cerca de 50 empresas, incluindo startups, já procuraram a Bomesp para emitir suas criptomoedas.

Apresentado por Gustavo Cunha, professor de Finanças, sócio do Finlab e especialista em Blockchain, e Arthur Vieira de Moraes, professor do InfoMoney Educação, o F5 é exibido às quartas-feiras às 15h. Assista à entrevista completa no player acima. 

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