Fintechs e bancos serão, no longo prazo, “a mesma coisa”, diz diretor da ABFintechs

Diretor foi um dos palestrantes da 6ª Conferência Anpei; ele ainda revelou o que os grandes bancos devem esperar das fintechs

Júlia Miozzo

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SÃO PAULO – Em um cenário mundial, as fintechs têm papel tanto disruptivo quanto ameaçador: o primeiro pois conseguem inovar e criar tecnologias nunca antes lançadas, que dão aos clientes experiências inéditas, e o segundo por serem concorrentes dos grandes bancos.

Para o presidente da ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs), Rodrigo Soeiro, entretanto, a relação entre as pequenas empresas e as instituições tradicionais ainda tem mudanças a sofrer. “A tendência é que, no longo prazo, os bancos e as fintechs se tornem a mesma coisa”, disse, explicando que isso inclui a compra de fintechs pelos bancos e até o crescimento e evolução das mesmas até se tornarem instituições.

O diretor foi um dos palestrantes da 16ª Conferência Anpei, realizada nas últimas terça e quarta-feira – dias 30 e 31 – em Belo Horizonte. 

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Por mais que ainda sejam empresas novas, pequenas e em sua maioria com poucos funcionários, elas trouxeram para o mercado financeiro “um novo mindset” e estabeleceram uma agenda de mudanças – não à toa que, nos últimos três meses, 80% das instituições do mercado financeiro brasileiro passaram a se posicionar de alguma forma com a inovação, segundo Soeiro.

Quando se fala somente do mercado brasileiro, essa evolução do mercado tende a ficar ainda mais intensa: atualmente, a ABFintechs conta com 320 fintechs cadastradas, número que, se considerar as que ainda não fazem parte, sobe para 500. Isso faz do Brasil o “terceiro maior celeiro do mundo” de fintechs.

“Tudo isso contribui e muito para que o Brasil se torne um exportador de tecnologia financeira. Os desafios, por enquanto, são dessas startups de captar investimento. Ainda falta fomento no mercado brasileiro”, disse Rodrigo.