10 coisas que não existem na China – uma delas ainda é proibida no Brasil

Acesso a diversos serviços é banido no país asiático

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Embora esteja em processo de abrir mais sua economia para o restante do mundo, a China mantém um controle rígido sobre os serviços que podem operar no país – principalmente os de internet.

Em meio a estes bloqueios, o país comunista tem inclusive se reinventado, criando suas próprias redes sociais e serviços de internet, como o já famoso mundialmente WeChat. A rede social inclui serviços mais avançados que o concorrente norte-americano WhatsApp – como transferências financeiras, por exemplo, algo que o Messenger do Facebook apenas começou a fazer recentemente nos EUA.

O site CNN Money separou uma lista de 10 coisas que são proibidas pelo governo no país asiático, ainda que comuns em outros lugares do mundo. Algumas delas você usa diariamente, uma também é proibida – por enquanto – no Brasil. Confira:

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1. Instagram

Em 2014, depois de protestos da população contrários ao regime do país, o Instagram foi banido para todos os chineses.

Agora, não é possível acessar legalmente a plataforma em nenhum lugar dentro da chamada “Muralha de fogo”, as áreas que são monitoradas pelo governo.

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2. Twitter

O mesmo ocorre com o microblog do passarinho azul. De acordo com analistas, o que levou ao bloqueio foi a proporção que tomaram as publicações na rede social durante a Primavera Árabe e a Revolução Verde em 2009 no Irã, que mostraram o potencial comunicativo dos usuários.

3. Google

O maior buscador do mundo não é o maior buscador da China. Isso é extensível ao Gmail, YouTube e aos demais serviços da gigante, que também não podem ser usados no país.

A companhia tem um braço em Hong Kong que pode ser acessado – especificamente em Hong Kong – normalmente, e para o qual boa parte do tráfego foi direcionada a partir de 2010. Algumas pessoas também têm acesso ao Gmail usando um VPN (rede segura que funciona usando servidores externos mascarados).

4. Facebook

Assim como o Instagram, seu dono, o Facebook, também está bloqueado para usuários chineses comuns. Desde 2009, quando houve o bloqueio, Mark Zuckerberg visitou o país diversas vezes e chegou a encontrar com o presidente Xi Jinping, sem sucesso para restabelecer o serviço.

5. Snapchat

Outra rede social banida na China é a de imagens instantâneas Snapchat.

6. Milhares de sites

Pornografia, críticas ao governo chinês e sites com temáticas sensíveis estão entre os endereços eletrônicos amplamente banidos na China, até mesmo dos resultados de sites de pesquisa.

7. Filmes estrangeiros

Saindo do universo da internet, os cinemas chineses só podem exibir 34 filmes estrangeiros por dia. Mesmo os filmes liberados passam por censuras e eventualmente têm cenas consideradas ofensivas ao Partido Comunista cortadas antes da exibição.

8. E-books e vídeos

No mês passado, o iBooks e os filmes do iTunes, ambos da Apple, foram as novas vítimas de bloqueio na China. O serviço de streaming da Disney DisneyLife também entra na lista das proibições.

9. Cassinos

Na China, a proibição a jogos de azar em cassinos existe desde 1949, e as casas de jogos de azar costumam funcionar em grande escala em Macau, região administrativa do país que fica de fora da Muralha de Fogo, assim como Hong Kong. Lá, a indústria de cassinos é quase sete vezes maior do que a de Las vegas, de acordo com o CNN Money

Para os brasileiros, essa é uma proibição que pode deixar de existir, já que reguladores discutem as regras para a regulamentação de Cassinos e Bingos – em março, foi aprovado um novo projeto que restringe ainda mais o número de pessoas que podem explorar esta categoria. A liberação em si está pronta para ser votada no Senado.

10. Livros

Antes de publicados, todos os livros que circulam legalmente na China passam por vistoria da Administração Geral de Imprensa e Publicação.

Linguagens críticas sobre o Partido Comunista, direitos humanos ou o Tibete estão fora dos limites possíveis e acabam em fechamento das editoras responsáveis.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney