Os sites que são “pratos cheios” para hackers no Brasil

Não quer ataques virtuais? Não tenha um site com esse teor – ou se proteja muito bem

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Não é qualquer site que tem o desprazer de ser atacado por criminosos eletrônicos. Os hackers, por diversas razões, têm algumas preferências na hora de atacar endereços de internet – e nem todas essas escolhas são óbvias.

Ao mesmo tempo em que a segurança na internet é uma pauta cada vez mais relevante para as empresas, os ataques eletrônicos se tornam cada vez mais sofisticados. No caso de alguns sites específicos, a atenção deve ser dobrada.

“Qualquer empresa com presença na Internet está vulnerável a ciberataques, especialmente as que são referências de negócios, mesmo que não ofereçam riscos aos ideais dos hackers”, afirma Bruno Prado, CEO da UPX Technologies, empresa especializada em soluções de segurança e performance de Internet, mas alguns devem estar especialmente atentos, principalmente se quiserem manter a força de sua marca frente aos consumidores.

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Ataques distribuídos por negação de serviço (mais conhecidos como DDoS – Distributed Denial of Service) estão entre os mais comuns atualmente, e causam interrupções no serviço em que miram. Em grande parte dos casos, eles são realizados com o objetivo de prejudicar uma operação, causar extorsão, efeito colateral ou apenas mostrar poder. Além disso, tendem a acontecer em datas estratégicas, como festas de final de ano, data de lançamento de um novo game ou durante uma grande liquidação no e-commerce, por exemplo.

Confira abaixo quais são os principais alvos de hackers brasileiros e os motivos:

1. Comércio eletrônico

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Ameaças virtuais a e-commerces podem ter objetivo de prejudicar as vendas ou roubar dados de clientes. Ataques em dias de mais movimento, como vésperas de datas comemorativas e a Black Friday, são os mais comprometedores, atingindo mais consumidores e denegrindo mais fortemente a imagem da marca.

2. Bancos

Ao tirar do ar um portal financeiro, hackers causam grandes prejuízos aos bancos, além de atacar a confiança dos clientes às instituições.

3. Companhias aéreas

Ter um voo atrasado por ataques à companhia aérea é capaz de tirar qualquer consumidor do sério. Interrupções nos serviços dessas empresas interferem em toda a atividade dos voos e das entregas.

4. Governos

Ataques políticos são formas eficientes de passar uma mensagem ideológica à população. Como nem todas as páginas ligadas a órgãos governamentais esperam ser alvos desses ataques, elas costumam ficar fora do ar por horas, muitas vezes com mensagens de ódio ou ideologias no lugar.

5. Servidores de jogos

“A concorrência entre a nova geração de consoles e a rivalidade entre os jogadores se tornaram alguns dos motivos para ataques digitais nessas plataformas”, diz o especialista. A companhia atacada, claro, sofre retaliações como efeito.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney