Empresa de biotecnologia dos EUA vai tentar “ressuscitar” 20 pessoas

Através de inúmeras técnicas, a empresa pretende fazer com que pacientes que só vivem com auxílio de equipamenos consigam recuperar a consciência e viver normalmente

Júlia Miozzo

Equipe médica em atuação

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SÃO PAULO – Ressuscitar uma pessoa é realmente impossível? É isso que a empresa norte-americana Bioquark quer descobrir. Após conseguir aprovações de entidades éticas dos Estados Unidos e da Índia, a empresa vai tentar ressuscitar 20 pessoas que estão clinicamente mortas por conta de uma lesão cerebral. 

Segundo informações do jornal The Telegraph, os vinte participantes do projeto ReAnima não faleceram, mas sim vivem somente com o auxílio de equipamentos médicos. A ideia é de que as pessoas consigam recuperar a consciência e viver normalmente mesmo após um trauma cerebral.

“Para realizar uma iniciativa tão complexa, estamos combinando ferramentas biológicas regenerativas com outros dispositivos médicos usados para estimulação do sistema nervoso central, principalmente em pacientes com outros distúrbios graves de consciência”, explicou o CEO da Bioquark, Ira Pastor, em entrevista ao Telegraph. A estimativa é de que os resultados comecem a aparecer entre dois e três meses após o tratamento, que dura seis semanas.

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Implantação de células tronco e peptídeos no cérebro e aplicação de lasers de estimulação nervosa são algumas das técnicas do projeto.

O projeto tem como base científica estudos que sugerem que atividade elétrica e circulação sanguínea continuam após a morte de uma célula cerebral, mas em quantidade insuficiente – e as técnicas utilizadas pelo projeto estimulariam essas atividades.

Mesmo com a morte cerebral, os corpos ainda são capazes de digerir comida, crescer, balancear os hormônios e até engravidar. A morte completa só acontece quando o tronco cerebral se perde totalmente.

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“Através de nosso estudo, nós vamos ganhar conhecimentos únicos sobre o estado da morte cerebral humana, que terão conexões importantes para o desenvolvimento de futuras terapias para outros problemas de consciência, como estado vegetativo”, explicou o fundador da Bioquark, Dr. Sergei Paylian.