O ponto de virada dos bancos vai demitir milhões e está próximo, diz Citi

De acordo com relatório, o ponto de virada gerado pelas fintechs está muito próximo, e deve demitir mais de 1 milhão nos EUA em 10 anos

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – A transformação da automação nos bancos está muito próxima, de acordo com um relatório de perspectivas e soluções publicado recentemente pelo Citi. E isso pode reduzir o pessoal em até 30%.

Embora os bancos tradicionais ainda detenham 99% da receita bancária dos Estados Unidos, o investimento maciço em tecnologia tende a reverter esse cenário muito em breve, escreve Kathleen Boyle, CFA e uma das especialistas que assinam a pesquisa.

Reverter esse cenário nada mais é, de acordo com a publicação, do que automatizar o máximo possível os processos bancários. “O momento Uber do banco significará uma desintermediação das sucursais bancárias, e não os bancos em si”, explica o relatório: o canal de interação não passará mais por agências e, portanto, nem por pessoas.

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A previsão do Citi é que, em 2023, o impacto da disrupção digital nas receitas bancárias totais será de 17%. Em 2015, o investimento em companhias de fintech ao redor do mundo foi de US$ 19 bilhões.

“Nós acreditamos que pode haver uma redução de mais 30% na equipe [dos bancos] entre 2015 e 2025; saindo da queda recente de 2% ao ano para 3% ao ano, devido principalmente à automação do varejo bancário”, diz o texto.

Em um gráfico, o relatório mostra o número de funcionários caindo de 2,99 milhões nos EUA para 1,8 milhão em 2025; na Europa, a redução seria de 3,26 milhões para 1,82 milhão – ou seja, uma queda de 45%. Hoje, ainda segundo o estudo, a equipe bancária que trabalha em agências e funções relacionadas é responsável por até 65% dos custos em operações de varejo.

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Ao mesmo tempo, os analistas preveem uma mudança de função. “Conforme mais operações são automatizadas e realizadas em dispositivos móveis, acreditamos que haverá um rebalanceamento de pessoal, que passará de papeis de transações para consultoria”, escrevem eles.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney