Livraria Cultura pede recuperação judicial após fechar lojas Fnac pelo país

Empresa atribui medida ao ambiente econômico incerto e à competitividade da era e-commerce

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – A Livraria Cultura entrou na noite da última quarta-feira (24) com pedido de recuperação judicial. De acordo com a empresa, os principais motivos são as “incertezas do cenário econômico brasileiro” e a crise do mercado editorial, que encolheu 40% desde 2014, dada a competitividade da era e-commerce.

A medida vem uma semana após a empresa concluir o fechamento de toda a operação da rede Fnac, controlada pela Cultura desde julho de 2017 e que na época, totalizavam 12 unidades espalhadas por 7 estados brasileiros.

Em comunicado, a companhia informou que iniciou há três meses um “duro programa de ajustes”, que inclui a eliminação de lojas de baixo resultado, redução do número de funcionários, corte de despesas, além de uma “revisão profunda” do planejamento de curto e médio prazos.

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Com a medida, a Cultura pretende normalizar, em curto espaço de tempo, os compromissos firmados com fornecedores, “preservando a saúde da empresa, a manutenção de empregos e gerando mais estímulos para crescer”.

Segundo o anúncio, a companhia está mais enxuta e preparada para enfrentar os novos desafios do varejo. “Queremos atuar de forma agressiva nos canais digitais e, ao mesmo tempo, iremos manter poucas, mas ótimas lojas físicas pelo país”, informa.

Endividada

Editoras reclamam que a Cultura, cuja dívida com bancos é de dezenas de milhões de reais, tem falhado em cumprir pagamentos pelos livros vendidos.

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As queixas também partem de funcionários demitidos da Fnac, que protestaram contra a empresa na segunda-feira (15) em São Paulo, alegando não ter recebido o pagamento de seus direitos trabalhistas. A Livraria Cultura não informa o montante da dívida.

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