Apple, Google e Intel irão pagar US$ 324 mi por praticar cartel de funcionários

O caso teve inicio em março, após vazarem e-mails entre grandes executivos das gigantes que revelavam "políticas" de processos seletivos

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – A Apple, Google, Intel e Adobe concordaram em pagar US$ 324 milhões (ou cerca de R$ 720 milhões, de acordo com a cotação de ontem do Banco Central) para colocar fim a um processo judicial no qual foram acusadas de conspirar para reduzir salários no Vale do Silício, na Califórnia.

Fontes familiarizadas com o caso disseram à Bloomberg Business Week que o acordo abrange mais de 64 mil funcionários. Em março deste ano, vazarem documentos com trocas de e-mails entre grandes executivos das gigantes de tecnologia. Eles revelavam as “políticas” de processos seletivos nas empresas, que mais se pareciam com um cartel de contratação.

O cartel secreto começou com um acordo entre Steve Jobs, da Apple, e Eric Schmidt, do Google, que fixaram regras ilegais sobre a contratação de profissionais do mercado de tecnologia para evitar “roubo” de funcionários e fixar salários no setor. No total, o acordo envolvia mais de um milhão de funcionários.

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Entre diversos e-mails que comprovam o cartel de funcionários dessas empresas, em 2005, Jobs ameaçou “começar um guerra” se Sergey Brin, do Google, recrutasse algum funcionário da Apple. “Se você contratar uma única pessoa da equipe, isso significa guerra.”

Os termos do acordo fechado na última quinta-feira (24) não foram divulgados pela justiça, nem pelos advogados de ambas as partes. Segundo o BusinessWeek, os envolvidos planejam apresentar o acordo para a análise de um juiz em maio.