Ouro no marketing: copos fazem cerveja de R$ 13 vender como água no Rio

Em comparação às outras opções, parece realmente muito barato

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Neste sábado, as vendas de cerveja no Parque Olímpico foram suspensas por falta de copos – só quem já tinha o recipiente conseguia comprar novas fichas. É um sinal de que a estratégia de vender a bebida em copos comemorativos é um grande sucesso nas Olimpíadas Rio 2016.

Embora sejam cobrados R$ 13, a Skol vendida em copos comemorativos com capacidade para 473 ml parece uma barganha por se tornar um souvenir do evento esportivo que cabe melhor no orçamento. Uma camiseta na loja oficial, por exemplo, sai por R$ 95; um mascote, por R$ 99.

Há 42 modelos de copos diferentes, com os nomes de todos os esportes olímpicos estampados. Do ponto de vista da Ambev, isso significa que as pessoas estão gastando centenas de reais em cerveja para, além de tudo, manter a sua marca eternamente – ou por muito tempo – em suas casas. A estratégia é a mesma que a Budweiser usou em 2014, na Copa do Mundo.

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“É claro que eu estou comprando mais cerveja por causa dos copos. Eles são souvenirs para os meus amigos das Olimpíadas do Rio”, disse à Bloomberg Claudia Maria Dias de Sousa, professora de educação física, em entrevista durante um jogo de futebol feminino no Maracanã. O sucesso é tanto que os copos já estão à venda informalmente em canais alternativos, como o Mercado Livre

Depois de prometer a investidores que 2017 seria um ano melhor para os resultados da companhia, a Ambev parece ter encontrado uma boa forma de atender a essas expectativas como patrocinadora das Olimpíadas.

Os copos fazem tanto sucesso como item colecionável que a companhia criou até espaços onde os consumidores podem trocá-los, promovendo o “consumo consciente”. 

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Com Bloomberg

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney