Marca de Luciano Huck é acusada de preconceito – de novo

Vitrine de promoção da marca Reserva mostra manequins negros presos de ponta-cabeça por cordas

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – A marca Reserva, do apresentador Luciano Huck, está sendo acusada de preconceito mais uma vez.

Para anunciar uma liquidação, uma loja no Shopping Rio Sul, no Rio de Janeiro, expôs manequins pintados de preto de cabeça para baixo, amarrados pelos pés. Isso causou indignação de pessoas nas redes sociais.

Uma publicação, compartilhada mais de 130 vezes, mostrava uma foto da vitrine com os dizeres “Reserva. Sempre um mau gosto para montar vitrines e mandar mensagens”.

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“Sempre” porque não é a primeira vez que a marca se envolve em problemas com o público. Em 2015, a mesma loja colocou na vitrine manequins com máscaras de macacos e veados na campanha “o preconceito está na sua cabeça”.

Outra marca do apresentador, a UseHuck, foi notificada pelo Procon no mesmo ano por fabricar camisetas infantis com os dizeres “vem ni mim que eu tô facin” o que, de acordo com as denúncias, incitaria pedofilia.

A UseHuck admitiu o erro em 2015, mas a campanha atual acredita não ter feito nada de errado.

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Ao Extra, a Reserva afirmou que todos os manequins são pintados de preto e que estarem de cabeça para baixo é algo tradicional em épocas de promoção das peças. De acordo com a marca, foi estabelecida a licença paternidade na companhia na semana passada, por conta de seu “compromisso com a igualdade de gêneros e raça”.

Em resposta a comentários na página oficial, o perfil diz que “ate a marca é posta de cabeça para baixo, mas isso a foto do autor dela não mostra”. Os comentários foram feitos em um vídeo que divulgava a ação, a qual posicionou um carro de ponta cabeça em frente à loja. Há também usuários defendendo a ação.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney