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SÃO PAULO – Livremente traduzido para financiamento coletivo, o crowdfunding permite que diversas pessoas invistam em projetos através via internet. Já não existe um projeto que não possa ter verba arrecadada através do cowdfunding – seja um projeto pessoal, de uma startup, um determinado produto, etc. “O que eu vejo hoje é que se tornou algo muito democrático, já não existe um tipo de campanha que não dê certo”, comentou a CEO da plataforma de crowdfunding Kickante, Tahiana D’Egmont.
O melhor exemplo do poder dessa modalidade é a história do relógio Pebble, o um dos primeiros projetos que a utilizaram. Em abril de 2012, o projeto do relógio que se conectava ao iPhone ou smartphones Android através do bluetooth foi criado com uma meta de 100 mil dólares, alcançada em apenas duas horas – em 48 horas, já contava com 1 milhão de dólares arrecadados. No total, a campanha obteve mais de 68 mil colaboradores e arrecadou 10,2 milhões de dólares.
Mas também existem casos de pessoas que não conseguiram levar o projeto para a frente – e o motivo parece ser um mistério. Para aumentar as chances de ter seu projeto bem sucedido, com uma arrecadação além da meta estabelecida, Tahiana deu algumas dicas para quem deseja apostar nessa nova “vaquinha”.
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Confira:
1. Tenha um planejamento pré-campanha
Pode parecer um tanto óbvio, mas é importante que o projeto tenha um planejamento completo quando a campanha de crowdfunding for colocada no ar. Por exemplo, é sempre importante ter uma base de pessoas que certamente contribuirão com o projeto antes de divulgar a campanha. Isso, segundo Tahiana, é um dos fatores que faz com que outras pessoas se sintam motivadas a contribuir.
Os primeiros contribuintes sempre serão pessoas próximas a você ou que possuam alguma relação com o projeto. Invista nisso.
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2. Crie apelo visual
“Isso é válido para qualquer tipo de projeto, seja algo pessoal, um produto, um livro, uma startup, qualquer um. Um projeto que tenha uma imagem que ilustra o produto ou um vídeo curto explicativo sempre acaba se dando melhor do que alguma campanha que tem uma página inteira de texto. Imagens são essenciais”, explicou Tahiana.
Procure sempre incluir algum protótipo de seu produto, desenhos, imagens ou vídeos de como ele pode ser usado, etc, e equilibre isso com o texto – deixando este sempre em menor quantidade.
3. Estabeleça uma meta realista
Mesmo que você acredite que seu projeto tenha a chance de arrecadar milhões com o crowdfunding, seja sensato com a meta estabelecida e sempre determine o valor mínimo para viabilizar o projeto. “É legal ultrapassar a meta de arrecadação, mas não se pode esquecer que o mais importante é alcança-la. Independente das chances que o projeto tem, é bom sempre manter-se fiel”, completou a CEO.
4. Divulgue o planejamento financeiro
“Eu costumo dizer que o planejamento financeiro é um mini plano de negócios que faz toda a diferença”, disse Tahiana. Alguns contribuintes podem se sentir mais motivados a colaborar quando sabem para onde vai o seu dinheiro – por isso é interessante que você coloque no corpo da campanha qual é o destino da verba arrecadada, indicando a porcentagem de cada custo.
É um passo que garante mais transparência a seu projeto e campanha e dá mais confiança ao contribuinte.
5. Crie parcerias
Blogs, veículos de comunicação e até mesmo os meios off-line que tenham alguma relação com seu projeto podem te ajudar na divulgação do mesmo para o público alvo. “O projeto é como se fosse um político de campanha: antes de pedir o voto, tem que apresentar a proposta. Qualquer lugar em que ele é divulgado pode ajudar, principalmente se for um veículo que tenha credibilidade no assunto”, comentou.
6. Pense bem nas recompensas
As recompensas devem atender a todos os perfis de contribuintes, desde o que ajuda com uma quantia menor até o que vai investir uma boa quantia em seu projeto. Elas devem ser criativas e generosas – e ter algum benefício a mais; uma boa ideia é oferecer descontos no seu produto, caso seja esse o projeto, para que a pessoa veja que de fato é recompensada.
“Sempre tem que se pensar em um benefício além do próprio produto. As pessoas tem que enxergar algo nela que elas não conseguem no mercado, seja o preço, um brinde exclusivo ou receber o produto antes de todos os demais consumidores”, explicou Tahiana. “Mesmo que ele contribua com um pequeno valor, é importante dar alguma recompensa, como um certificado, por mais simples que seja. A pessoa precisa se sentir integrada ao projeto”.
Ela também apontou que alguns projetos interagem com os contribuintes questionando qual a recompensa que desejam e, assim, seguem o desejo deles e fazem essa flutuação com a recompensa oferecida – e a ideia apresenta bons resultados.
